LIBERDADE E LIBERTINAGEM NAS MANIFESTAÇÕES

A palavra cidadania é direcionada não apenas aos direitos do cidadão, também, respeito às prerrogativas de todos os indivíduos da sociedade, visto que a razão de um termina, quando inicia a do outro. O Direito é uma ciência social que determina fazer justiça, sem olhar a quem, senão colocar no devido lugar algo que fora prejudicado. Um fato merece a atenção vem ocorrendo em todas as partes do território brasileiro com as obstruções de vias, pontos vitais para deslocamento de veículos e para a economia do país. Está existindo, diariamente, abuso e afronta a nossa cidadania. Estamos passando por momentos semelhantes ao regime do direito da força. Se alguém reagir àquela situação, ou furar o bloqueio é capaz de sofrer consequências desagradáveis e imprevisíveis. Que solução poderá ser adequada a esse tipo de abuso? Primeiramente, seguirmos o exemplo dos governos de São Paulo e outros Estados, que foram obrigados a recorrer à Justiça, no sentido de serem evitadas obstruções indevidas, considerando o grande prejuízo que acarreta não apenas ao erário, sobretudo à população de uma maneira geral. Para tudo na vida deve existir disciplina e causa real para concretização do fato. Não somos contra as manifestações, desde que obedeçam aos princípios da liberdade, igualdade e direitos das demais pessoas. É oportuno lembrar que, para realização de movimento político durante o período pré-eleitoral, é condição obrigatória ao órgão interessado comunicar à polícia, adiantando dia, hora e local para realização do ato público. Nos casos das barreiras feitas pelos manifestantes, os responsáveis não dão a mínima satisfação à autoridade competente, muito menos ao povo. É uma falta de respeito. Bom seria uma legislação para disciplinar tais ações, evitando desta forma abusos e constrangimentos à sociedade. Fechar rodovias, ruas e avenidas já não é mais surpresa, visto que essa gente se acha acima das leis e a cidadania tão defendida pela legalidade para eles é inexistente. As autoridades e políticos só despertarão para tal arbitrariedade, quando acontecer um fato gravíssimo em decorrência aos constantes bloqueios que a sociedade tem sido penalizada. Parece-nos até não haver governo, nem muito menos segurança pública para impedir esses desmandos em detrimento ao direito de ir e vir do povo.