CURTAMOS HOJE O ÚLTIMO DIA DE FESTA DE SÃO JOÃO

Chegamos hoje ao último dia das festas de São João. Em todas as partes, nas ruas mais simples ou nos salões nordestinos, ouvimos o baião, o xaxado e até o arrocha traduzindo a alegria  do povo com toda a animação. Nas cidades do interior, o violeiro não para de cantar: “Aqui na roça a festa é boa, é uma festa sem igual/tudo aqui é verdadeiro/tem um encanto natural”. Eu tenho uma imensa saudade do São João da minha infância. As fogueiras enchiam as ruas, pois não havia pavimentação. Toda casa tinha uma. E quando ficava só brasas, começava a cerimônia dos compadres e comadres. A noite de São João vive em minha memória. E eu fico a recordar muitos de minha família, e amigos queridos do passado que já se foram e outros que ainda comigo convivem, os momentos inesquecíveis das festas juninas bem vividas com alegria no coração.  O Nordeste tem sido há muito tempo o berço das festas populares nesta época do ano. Fogueiras, balões, comidas típicas, adivinhações e muita música em que Luiz Gonzaga marcou e marcará ainda por muitos anos a sua passagem por este mundo. As histórias folclóricas das noites de São João são muito interessantes. Vou dizer uma delas: na noite de São João, a moça faz prece no quarto pedindo um noivo. Depois vai para a janela. Se a primeira pessoa que passar for jovem, logo um noivo vai surgir, se for um velho, bote tempo nisso. Das músicas de Luiz Gonzaga, há duas que atravessam gerações: Asa Branca e Capelinha de Melão. E não há e jamais haverá “quadradinho de oito”, que possa substituir o que sempre houve de bom na tradicional música nordestina. Então vivamos, cantemos e dancemos o São João... com moderação, pois São Pedro nos aguarda!!!