Sem nenhum receio de falar o que pensa, o médico
Cristiano Conrado, ex-diretor clínico do Hospital de Base Luís Eduardo
Magalhães, em Itabuna, afirma que a instituição precisa sofrer mudanças em seu
modelo de gestão, capaz de gerar receita. Conrado reconhece a capacidade do
atual diretor, o também médico Paulo Bicalho, mas observa: “ele não é mágico”.
Sem dinheiro – acrescenta – não há muito o que possa ser feito. Nesta
entrevista ao ITABUNA NOTÍCIAS, o médico fala ainda sobre o esperado retorno do
comando único do Sistema Único de Saúde (SUS) para o município, que ele
diz não ser a solução para todos os problemas do setor. “As notícias que a
gente tem são de que os recursos que vêm para o comando único estão em torno de
R$ 110 milhões/ano, o que não dá R$ 10 milhões por mês. Se pensarmos que o
repasse para a Santa Casa, com as três unidades, chega ao valor de R$ 5,3
milhões, que o Hblem não poderia sobreviver com um valor inferior a R$ 3
milhões, que a Atenção Básica gasta R$ 2 milhões, isso sem falar em
laboratórios, clínicas de ortopedia e oftalmologia, vemos que não tem dinheiro”,
calcula.
ITABUNA NOTÍCIAS – O senhor conhece de perto a situação do Hospital
de Base de Itabuna. Como descreveria essa situação hoje?
CRISTIANO CONRADO – É uma
situação de transição, na qual a direção está tentando achar meios de mudar a
realidade do hospital. Só que essa mudança precisa de recursos que não existem
ainda. Enquanto não houver recursos suficientes para que sejam pagas todas as
dívidas do hospital, a despesa mensal com recursos humanos, insumos e
medicações, vão continuar existindo esses problemas, como a falta de medicação,
que acontece ainda hoje. A realidade hoje é que faltam antibióticos, até
medicações simples, como dipirona, por mais de 15 dias no hospital. Essas
dificuldades precisam ser sanadas de forma definitiva, e isso só vai ser
resolvido com um orçamento adequado, que possa sustentar o hospital.
IN – E A POLÊMICA RECENTE ENTRE O SENHOR E O SECRETÁRIO DA SAÚDE RENAN
ARAÚJO?
CR – Foi um
momento de cabeça quente, o secretário havia conversado uma coisa comigo e dez
minutos depois retirou o que havia afirmado, e ali houve um destempero devido a
essa atitude dele.
IN – O SECRETÁRIO DIZ QUE AS CRÍTICAS À ATUAL ADMINISTRAÇÃO SE DEVEM A
RESSENTIMENTOS. O QUE O SENHOR ACHA DISSO?
CR – Eu acho
que é uma afirmação infantil. Não existe ressentimento nenhum, a gente faz
parte do município, faz parte do hospital e o que a gente quer é que aquilo
funcione. O problema é que as coisas estão sendo conduzidas de forma totalmente
equivocada. Não se constrói nada negando a realidade, em cima de mentiras, de
fantasias. Essas informações, por exemplo, de que o estado tinha materiais para
o Hospital de Base e a administração anterior não quis, isso é uma falácia.
Como o secretário de saúde pode negar todas as visitas que foram feitas na
tentativa de arrecadar materiais, solicitando doações de materiais. Isso é
leviano, não produz nada, assim como as informações de desvios. Hoje em dia, o
que eu posso afirmar é que pessoas como Ana Brito conduziram aquele hospital da
melhor forma, dentro do possível. Erros administrativos aconteceram, como
acontecem até hoje, porque não tinha outra forma de se resolver. Compras sem
licitações, licitações que foram feitas e tiveram que ser anuladas, quem
ganhava a licitação não fazia o fornecimento e tinha que se comprar
emergencialmente, e hoje está acontecendo a mesma coisa.
IN – COMO ASSIM?
CR – As
licitações foram feitas e homologadas com uma proposta somente, com preços que
são fora do mercado. E dizer que isso é porque a administração que está aí é
desonesta é um erro. O problema é que, com esse histórico de problemas,
fornecedor nenhum quer servir o hospital. E aí, para não deixar o hospital sem
a medicação, se compra da forma que é possível, desobedecendo as recomendações
do tribunal de contas. O fornecedor ganha a licitação e, como não há a condição
de se pagar tudo aquilo que se compra, por conta das dívidas anteriores, vão
sendo mantidas práticas das gestões anteriores por pura e simplesmente falta de
recursos.
IN – OU SEJA, PARA SER MINIMAMENTE VIÁVEL, O HOSPITAL PRECISA CONVIVER
COM IRREGULARIDADES.
CR – Por
exemplo, se houver um ímpeto de dizer que o hospital não pagava os impostos, eu
digo: se pagar, o hospital fecha. Não foram pagos os impostos para se manter o
estoque de medicações. O Ministério Público diz que não se pode comprar sem
licitação, mas o hospital precisa de diversos itens essenciais que não estão
licitados. E se chegar alguém lá morrendo? Como é possível não comprar o que
for necessário de forma direta? Eu acho que esse é o tipo de decisão sobre a
qual não se tem nem mesmo que pensar; com uma vida em risco deve-se comprar da
forma que for possível. No dia em que um promotor estiver com um pai ou um filho
lá, precisando de um medicamento ou insumo que não estiver disponível e ele
disser que não é para comprar porque não tem licitação, aí tudo bem.
IN – O SENHOR CONSIDERA ENTÃO QUE, EM CASOS ESPECIAIS, DEVE HAVER UMA
FLEXIBILIDADE?
CR – Quando se
contrata uma empresa, quando ela se candidata à licitação ela é apresentada
como capaz de suprir a demanda, mas com o tempo é que se descobre que ela é
incompetente, ou se descobre que a empresa não atende aos requisitos mínimos e
a licitação tem que ser anulada. E nisso se perdem 60, 90 dias e todo o
processo tem que ser reiniciado. Mas ninguém está esperando que os problemas se
resolvam de uma hora pra outra, até mesmo porque a gente sabe da realidade das
coisas. O que se espera de quem está no cargo de chefia é que encare os fatos
de forma transparente, e não dizer na televisão que está tudo às mil maravilhas
enquanto faltam medicamentos essenciais há mais de 15 dias, não é dizer na
Câmara de Vereadores que não há nada de errado.
IN – O QUE PRECISA SER FEITO DE IMEDIATO?
CR – É preciso
resolver esses problemas paulatinamente, partindo das ações que colocam em
risco um maior número de vidas. Tem que ser dada a prioridade a coisas mais
urgentes e vai se resolvendo na medida do possível. Faltar com a verdade e
tentar mascarar as coisas com cortina de fumaça e agir dessa forma
irresponsável não é atitude madura. Chegaram equipamentos aqui no hospital,
como camas, aparelhos de raio-X, leitores de filme de raio-x, lavadoras e
secadoras de roupa de 100 quilos. Os equipamentos chegaram em caixas de
equipamentos novos, no entanto eram usados.
IN – O SENHOR EXERCEU O CARGO DE DIRETOR MÉDICO DO HOSPITAL EM UM
DETERMINADO PERÍODO. COMO FOI ESSA EXPERIÊNCIA?
CR – Foi uma
experiência preocupante. Eu pude ver a impotência e as grandes necessidades do
hospital, sem ter a quem recorrer. Recorrer ao município e o mesmo não ter a
capacidade de arcar, ou não ver interesse de resolver os problemas; clamar por
ajuda do Estado, por renegociação dos contratos, em busca de valores que
pudessem arcar com a dívida do hospital, para pagar as despesas do hospital, e
não haver resposta. Ir diversas vezes ao Ministério Público para que este
pudesse ser intermediário na busca de um entendimento, e não haver soluções que
trouxessem resultados práticos. Causa muita tristeza ver pessoas durante a
campanha dizerem que o que faltava para o Hblem era gestão e que a verba de R$
1,5 milhão era suficiente.
IN – NÃO É?
CR – No
momento está se vendo que o recurso disponível realmente não tem como sustentar
o hospital. O que falta neste momento é serenidade para entender que estes
problemas precisam de ações que envolvam todas as autoridades. Se o governo do
estado não participar desse processo, não há esperança de que isso se resolva.
Estão depositando muita esperança na chegada do comando único, mas eu vejo isso
com preocupação.
IN – POR QUE?
CR – As
notícias que a gente tem são de que os recursos que vêm para o comando único
estão em torno de R$ 110 milhões/ano, o que não dá R$ 10 milhões por mês. Se
pensarmos que o repasse para a Santa Casa, com as três unidades, chega ao valor
de R$ 5,3 milhões, que o Hblem não poderia sobreviver com um valor inferior a
R$ 3 milhões, que a Atenção Básica gasta R$ 2 milhões, isso sem falar em
laboratórios, clínicas de ortopedia e oftalmologia, vemos que não tem dinheiro.
O comando único vir e resolver todos os problemas é uma ilusão. Seria
necessário também a criação de equipes para a captação de recursos junto ao
hospital.
IN – A SEU VER, QUAL A SOLUÇÃO PARA O HOSPITAL DE BASE?
CR – Primeiramente
um orçamento positivo, um orçamento que seja compatível com as despesas. A
partir do momento em que você paga o que está comprando, grande parte dos
problemas está solucionado. No caso de uma quebra de contrato de fornecedor, há
como acioná-lo judicialmente, pois não há o argumento de que o hospital não
cumpre com suas obrigações. Captação de novos recursos, realização de novos
projetos, para que sejam trazidas verbas do Ministério da Saúde para a região,
para o hospital, melhoria de serviços, captação de equipamentos, habilitação de
novos serviços e, acima disso tudo, a responsabilidade no momento da pactuação.
IN – A PACTUAÇÃO HOJE É DESVANTAJOSA PARA ITABUNA?
CR – O secretário, quando for negociar, seja ele quem for, precisa ter em
mãos os históricos reais dos municípios pactuados, para que, quando houver essa
pactuação, não seja fictícia, como a que existe hoje. Itabuna assumiu o papel
de prover saúde para toda uma região e, tudo bem, desde que haja a garantia de que
os custos serão cobertos por alguém. Itabuna não pode arcar com esse déficit.
Se vai achar uma solução para a saúde em Itabuna, ela vai passar por uma
avaliação completa da realidade atual, com a garantia de que os custos sejam
cobertos.
IN – PARECE QUE DEIXOU DE EXISTIR AQUELA PRESSÃO PARA ESTADUALIZAR O
HBLEM. O SENHOR ACHA QUE AS QUESTÕES POLÍTICAS TÊM SIDO COLOCADAS À FRENTE DAS
DEMANDAS DA SAÚDE DA POPULAÇÃO?
CR – Eu não me
vejo capacitado para responder a essa pergunta. É certo que as nuances políticas
num processo dessa importância são muito presentes. Se isso é o determinante
fundamental de uma decisão, pressão por parte do estado, partidos ou
lideranças, não tem como e negar esse fato. No entanto, as razões
técnicas para uma possível estadualização de um hospital que é municipal,
passam pela incapacidade do município de arcar com as despesas que são do
próprio serviço. Se a estadualização é boa ou ruim, só a prática pode
determinar. Depende de como vai ser conduzido, e por quem. Seja lá quem for que
assuma o Hospital de Base, pode fazer uma boa gestão. Depende de como vai
ser conduzido.
IN – O SENHOR ACREDITA NA CAPACIDADE DO ATUAL GOVERNO DE MELHORAR
A SITUAÇÃO DO HBLEM?
CR – Por
desejar mudanças, eu confesso que votei no governo que aí está. Só que eu vejo
que a esperança tem que se traduzir em ações, que não estão acontecendo. Por
exemplo, o Hospital de Base está sendo gerido por uma pessoa que tem capacidade
e experiência, mas que não é mágico. Não dá para fabricar dinheiro nem manter o
hospital de portas abertas sem pagar o fornecedor, o funcionário, o médico. A
partir do momento que esta administração tiver atitudes que venham a trazer de
fato segurança financeira, aí sim algumas mudanças começarão a ser vistas.
Enquanto isso não acontecer, vamos ficar atolados, patinando nessa realidade
aí, que infelizmente não tem como ser resolvida. Gestão tem dentro do hospital,
ao contrário do que se disse em campanha; o que não tem é dinheiro. Acredito
que em breve se estreitarão os laços do município com o estado, que a gestão
plena virá para melhorar, e se trabalhando todas as possibilidades de captação
de recursos serão promovidas as mudanças necessárias. (www.itabunanoticias.com.br).
O QUE FALTA EM ITABUNA, É MAIS GENTE COMO ESTE MÉDICO, PARA DENUNCIAR TODAS AS SUJEIRA QUE NOSSOS GOVERNANTES ESCONDEM NOS PORÕES DO PODER. MAS AINDA BEM QUE EXIOSTE QUEM NÃO SE CALA.
ResponderExcluirMIRANDA DE FREITAS SILVA
A Saúde em Itabuna serve para adoecer a moralidade pública e desfarecer o povo.
ResponderExcluirGosto da forma intrépida com que este cidadão revela tudo o que seus colegas de medicina preferem dissimular.
ResponderExcluirNossa cidade não seria tão complicada em seu setor de serviços públicos de Saúde, se houvessem mais pessoas dispostas a se rebelarem contra a classe política, que só se locupleta do erário, para enriquecver a si e aos seus parentes e cabos eleitorais.
Enquanto estes fatos permanecerm acontecendo em Itabuna, nossa cidade continuará como proibitiva, para quem n~çao possui recursos para tratamnentos particulares.
Infelizmente, essa é a nossa dramática realidade atual.
Parabenizo o médico Cristiano Conrado, por nos honrar com conceitos e falas, que nos asseguram que não estamos sem ninguém para se preocupar conosco.
Pedro Vieira da Silva Jr.
Ele é o cara!
ResponderExcluirImpressionante como falam sempre em melhorar a saúde pública, e esses casos nunca acabam.
ResponderExcluirEstá cada vez pior.
Parece que elegeram Itabuna como a cidade onde tudo dá errado.
A situação só não é mais grave, porque existem cidadãos dignos como é este o caso do médico Cristiano Conrado, para denunciar e assim impedir que o descaso seja ampliado.
Cruel!
Abraços
Djalma Guimarães
REALMENTE NO NOSSO MUNICÍPIO TEM DE TUDO, MENOS HOSPITAIS PUBLICOS DECENTES E GOVERNANTES CAPACITADOS P/ AS PESSOAS QUE NÃO TEM PLANO DE SAUDE. MUITO BOM SEUS QUESTIONAMENTOS DR. CRISTIANO, BOM POST
ResponderExcluirIsso acontece por causa do governo que investe mal na saúde pública. Humberto Campos de Almeida Jr.
ResponderExcluirA Saúde está um caos em Itabuna, porque em nossa cidade os eleitores não sabem escolher seus políticos, deputados, governador e presidentes. As pessoas não levam o voto a sério.
ResponderExcluirO dinheiro é mal administrado.
Meus 16 anos ta chegando ae eu votarei em políticos bons!! Benedito Júnior
O SUS se não tiver investimentos ampliados em Itabuna, nunca vai ser "desafogado" e os hospistais continuarão como verdadeiros "matadouros"... falta infraestrutura, aumentar o quadro de funcionários, adotar medidas de organização, um monte de coisa. Hoje médico nenhum quer trabalhar no SUS e muito menos por convênios, são abacaxis e batata quentes para o secretário Renan Araújo descascar...
ResponderExcluirDanilo Andrade
Os políticos são culpados por tudo isso... quando chega época de eleição, eles prometem melhorar tudo, mais quando acaba as eleições junto com ela acaba todas aquelas promessas se revelam falsas. E eles ainda tem coragem de prometer coisas as crianças....., eu fico pensando como as crianças ficam quando ver que nada daquilo prometido foi feito!
ResponderExcluirPaulo César M. da Fonseca
Se as pessoas cuidassem de forma preventiva de sua saúde, não existiria tantas pessoas procurando por serviços de saúde.
ResponderExcluirMas como isso não ocorre, vemos os serviços lotados e pessoas reclamando pela demora.
PARABÉNS POR ESTA ENTREVISTA DR. CRISTIANO CONRADO. O SENHOR MERECE NOSSO RESPEITO. ESTÁ FAZENDO A DIFERENÇA EM ITABUNA.
ResponderExcluirFLÁVIO FONTES
O que falta mesmo, é vergonha na cara de Vane.
ResponderExcluirGuilherme Machado
Saúde pública é um bando de gente dizendo que sabe tudo sobre a saude da gente, mas na hora "h" usam furadeira elétrica pra furar a cabeça da gente, que já está ferrada com tantos impostos, com tanta mentira e com tanta sacanagem.
ResponderExcluirAcho que a saúde pública no Brasil é muito mal distribuída falando em recursos financeiros, o mais engraçado é que apareceu dinhero para vários eventos de grande parte do paíes, menos para a saúde pública..
Itabuna necessita de mais respeito da classe política.
ResponderExcluirO que estão fazendo com a saúde pública, deveria ser considerado como caso de polícia.
Só tem gente escrota nesse negócio.
Solivaldo Barros da Silva
Olha só que cara de pau de quem critica os políticos...
ResponderExcluir- Saqueiam cargas de veículos acidentados nas estradas.
- Estacionam nas calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas.
- Estacionam em vagas exclusivas para deficientes.
- Subornam ou tentam subornar quando são pegos cometendo infração.
- Trocam votos por qualquer coisa: areia, cimento, tijolo, dentadura.
- Falam no celular enquanto dirigem
- Violam a lei do silêncio.
- Dirigem após consumirem bebida alcoólica.
- Furam filas nos bancos, utilizando-se das mais esfarrapadas desculpas.
- Pegam atestados médicos sem estar doentes, só para faltar ao trabalho.
- Fazem gato de luz, de água e de TV a cabo.
- Registram imóveis no cartório num valor abaixo do comprado,
muitas vezes irrisórios, só para pagar menos impostos.
- Quando viaja a serviço pela empresa, se o almoço custou 10 pede nota de 20.
- Comercializam objetos doados nessas campanhas de catástrofes.
- Adultera o velocímetro do carro para vendê-lo como se fosse pouco
rodado.
- Compram produtos piratas com a plena consciência de que são piratas.
- Diminuem a idade do filho para que este passe por baixo da roleta
do ônibus, sem pagar passagem.
- Emplacam o carro fora do seu domicílio para pagar menos IPVA
- Levam das empresas onde trabalham, pequenos objetos como clipes, envelopes, canetas, lápis.... como se isso não fosse roubo.
- Falsificam tudo, tudo mesmo.. só não falsificam aquilo que ainda
não foi inventado...
- Quando voltam do exterior, nunca falam a verdade quando o policial
perguntam o que trazem na bagagem...
- Quando encontram algum objeto perdido, na maioria não devolve.
A maioria do eleitorado é cara de pau, mete o pau nos políticos, mas são bem piores.
E nem venham falar que nunca fizeram algo que foi citado acima ou igual.