A
ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a baiana Eliana Calmon, disse que a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 37 que
retira o poder do Ministério Público de fazer investigações criminais vai na
contramão das medidas atuais de combate à corrupção. “[Retirar o poder de
investigação do MP] seria trágico”, disse a ministra, que ganhou notoriedade ao
combater a corrupção no Judiciário e defender o poder do CNJ (Conselho Nacional
de Justiça) de investigar diretamente juízes acusados de irregularidades,
quando ocupou o cargo de corregedora nacional de Justiça. “A PEC vai em
movimento contrário a tudo o que a nação vem fazendo para acelerar o controle
de atos de improbidade.” As declarações foram feitas durante evento na Enfam (Escola
Nacional de Aperfeiçoamento e Formação de Magistrados), que a ministra preside.
A escola deu início nessa segunda-feira (22/4) a um curso de capacitação para
420 juízes sobre o julgamento de ações de improbidade administrativa. Um
levantamento do CNJ identificou que existem atualmente 16.655 ações de
improbidade em tramitação na Justiça estadual e federal, dos quais só 5.000
foram julgadas. “Um grande número dessas ações morre no nascedouro”, disse
Eliana. “Há tribunais que até hoje não julgaram uma ação de improbidade.” Isso
ocorre, por exemplo, na Justiça estadual do Piauí, Amapá, Rio Grande do Norte,
Rondônia e Sergipe. De acordo com a ministra, os problemas para julgar essas
ações envolvem dificuldades no trato com a lei, “uma estrutura de poder que
deixa juízes desamparados” ao lidar com ações contra políticos, e uma
jurisprudência “claudicante” dos tribunais superiores. A ministra disse também
que haverá um sentimento de frustração na sociedade se as penas do mensalão
demorarem a ser cumpridas. Ela prevê que as penas devam ser aplicadas até o fim
do ano. “Entendo que sete meses, até o fim do ano, serão suficientes para
chegar a uma conclusão do cumprimento das sanções. Minha expectativa é nesse
sentido. Se não, haverá frustração”, afirmou a ministra. “O tribunal dará uma
“satisfação popular” ao mostrar se “aquilo que decidiu vale ou não vale”,
disse. “O Supremo criou uma expectativa, a ideia de que ele repudia as atitudes
descritas no processo.” De acordo com ela, a decisão do Supremo vale de exemplo
para juízes de primeira e segunda instância.
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-A CCJ do senado, com Maluf e mensaleiros condenados, aprovaram uma tal PEC em que submeterá algumas decisões do STF ao crivo do congresso brasileiro (lotado de trambiqueiros), se mais essa aberração, juntamente com a que veda o MP de investigar e por último a censura a mídia, pronto a desgraceira estará formada e salve-se que puder