O governo de Vane
do Renascer parece ter nascido sob o signo de Jason, aquele personagem da
decalogia hollywoodiana “Sexta-feira, 13”: quando se pensa que o personagem
morreu, ele ressurge das cinzas. Mas Jason, na verdade é um morto-vivo.
Analogicamente, Vane não foge disso. Principalmente numa centena de dias de
início de gestão, em que eventos díspares indicam que Vane vai do céu ao
inferno em menos de um segundo, inclusive tendo que carregar cadáveres como
Clodovil, Trindade, Dinalva e Renan nas costas. As águas de março – como cantou
Tom Jobim – trouxeram paus e pedras para atingir a já baixa popularidade de um
governo que só não é pior que o do seu ex-correligionário Geraldo Simões. Até
fogo botaram na Adei. E não foram poucos os problemas que Vane puxou pra si a
responsabilidade, numa atitude corajosa, porém inócua. Duas situações revelam
estes fatos: duas contra-ordens, quando Vane teve que desdizer José Carlos
Trindade e removê-lo da decisão de não distribuir peixe na semana santa, para a
população carente. O mesmo ocorrera quando Clodovil Soares teve que voltar
atrás na cobrança de taxas abusivas para taxistas rebovarem alvarás. Qualquer
manual de marqueteiro ensina que não se pode carregar cadáveres insepultos numa
administração pública. A sorte de Vane é que a campanha que se aproxima é
estadual e federal (mas o quanto isso poderá atingir seus candidatos, que vão
tentar voos estadual e federal?) e ainda está longe a próxima eleição municipal
para se sentir os efeitos dessas mortes. Pelo menos em tese. Mas não vai
demorar a surgir a saraivada de discursos de seus opositores, ao som de seu
verdugo mais peso-pesado (Fernando Gomes), com o agora desafeto, o democrata
Capitão Azevedo e ainda mais um leque de lideranças como Augusto Castro, Renato
Costa e a imprensa independente, ou opositora. Esta será explorada ao extremo,
sem contar o, digamos, “fogo amigo”, que virá de seus colegas comunistas,
imbuídos da cobiça de oficialmente assumirem o comando geral da prefeitura, que
na prática já o pertecem. Mas a morte anunciada de um governo que tenta se
reerguer dos escombros dos seus primeiros cem dias de incompetência
administrativa (o Haiti é aqui!), tem tendência de se agravar com a iminência
de Vane voltar ao covil petista, antes das eleições e depois delas, com o
rompimento dos comunistas, decorrentes das inevitáveis derrotas de Aldenes e
Davidson e pífia votação a que serão submetidos os candidatos do prefeito, Márcio
Marinho e José de Arimatéia.
ok
ResponderExcluirok
ResponderExcluirvai completar 4 anos e nao vai fazer nada
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