Prefeitura Itabuna

Câmara

Câmara

10 de abril de 2013

CEM DIAS COM SINAIS DE UM GOVERNO NATIMORTO



O governo de Vane do Renascer parece ter nascido sob o signo de Jason, aquele personagem da decalogia hollywoodiana “Sexta-feira, 13”: quando se pensa que o personagem morreu, ele ressurge das cinzas. Mas Jason, na verdade é um morto-vivo. Analogicamente, Vane não foge disso. Principalmente numa centena de dias de início de gestão, em que eventos díspares indicam que Vane vai do céu ao inferno em menos de um segundo, inclusive tendo que carregar cadáveres como Clodovil, Trindade, Dinalva e Renan nas costas. As águas de março – como cantou Tom Jobim – trouxeram paus e pedras para atingir a já baixa popularidade de um governo que só não é pior que o do seu ex-correligionário Geraldo Simões. Até fogo botaram na Adei. E não foram poucos os problemas que Vane puxou pra si a responsabilidade, numa atitude corajosa, porém inócua. Duas situações revelam estes fatos: duas contra-ordens, quando Vane teve que desdizer José Carlos Trindade e removê-lo da decisão de não distribuir peixe na semana santa, para a população carente. O mesmo ocorrera quando Clodovil Soares teve que voltar atrás na cobrança de taxas abusivas para taxistas rebovarem alvarás. Qualquer manual de marqueteiro ensina que não se pode carregar cadáveres insepultos numa administração pública. A sorte de Vane é que a campanha que se aproxima é estadual e federal (mas o quanto isso poderá atingir seus candidatos, que vão tentar voos estadual e federal?) e ainda está longe a próxima eleição municipal para se sentir os efeitos dessas mortes. Pelo menos em tese. Mas não vai demorar a surgir a saraivada de discursos de seus opositores, ao som de seu verdugo mais peso-pesado (Fernando Gomes), com o agora desafeto, o democrata Capitão Azevedo e ainda mais um leque de lideranças como Augusto Castro, Renato Costa e a imprensa independente, ou opositora. Esta será explorada ao extremo, sem contar o, digamos, “fogo amigo”, que virá de seus colegas comunistas, imbuídos da cobiça de oficialmente assumirem o comando geral da prefeitura, que na prática já o pertecem. Mas a morte anunciada de um governo que tenta se reerguer dos escombros dos seus primeiros cem dias de incompetência administrativa (o Haiti é aqui!), tem tendência de se agravar com a iminência de Vane voltar ao covil petista, antes das eleições e depois delas, com o rompimento dos comunistas, decorrentes das inevitáveis derrotas de Aldenes e Davidson e pífia votação a que serão submetidos os candidatos do prefeito, Márcio Marinho e José de Arimatéia.

3 comentários:

Comente no blog do Val Cabral.

Publicidade: