O senador
Cristovam Buarque (PDT-DF) se declarou “francamente favorável” à bolsa para
cotistas de baixa renda matriculados em universidades federais, no valor de R$
400, anunciada esta semana pelo governo. Ele lembrou que, embora facilite o
ingresso de alguns grupos no ensino superior, a política de cotas não é
suficiente para garantir sua permanência. O valor de R$ 400 para ajudar nos
gastos com livros, transporte e alimentação será pago a partir de maio para
estudantes de cursos com carga horária intensiva, de pelo menos cinco horas por
dia. Em contrapartida, o aluno deve frequentar as aulas e apresentar um bom
desempenho acadêmico. Apesar de apoiar a medida, Cristovam defende o benefício
apenas para estudantes de cursos específicos, entre eles, Medicina e Pedagogia.
Para o senador, além do mérito, a contrapartida do universitário deveria também
ser em forma de contribuição profissional para a sociedade. O aluno de
Medicina, por exemplo, se comprometeria a fazer atendimentos pelo SUS nos
primeiros anos de carreira. Já os professores recém-formados trabalhariam na
alfabetização de adultos. "O País tem o direito de receber de volta o que
investiu", explicou. Quando foi ministro da Educação em 2003, o
parlamentar propôs a criação do Programa de Apoio ao Estudante, que já previa
essas condicionantes para a concessão do benefício. Segundo Cristovam, a
proposta ficou “empacada” na Casa Civil, até a sua demissão no ano seguinte,
período em que o governo federal instituiu o Programa Universidade para Todos
(ProUni).
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