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28 de março de 2013

OS DOENTES ELEGEM SEUS PRÓPRIOS VERDUGOS



O Brasil é um país cheio de controvérsias e contradições. Com problemas sociais gravíssimos, corrupção em alto grau, politicagem, lavagem de dinheiro, tráfico de toda espécie, prostituição infanto-juvenil, imunidade, impunidade, discriminação exagerada, formam o rosário da amargura de sua população. A Pátria amada ainda é conhecida como o país das cotas. Um temporão na saúde, bilhões de reais evaporando-se ou sumindo pelo ralo e a saúde dos brasileiros continua a mesma, precária. Aliás, o brasileiro está carente de tudo. Poderemos até afirmar que o Brasil tem vários ministérios doentes e um deles é o da saúde. Antes tínhamos um serviço público com deficiências, mas funcionava mesmo com consultas marcadas. Hoje encontramos um sistema de saúde fragilizado, hospitais sucateados, profissionais insatisfeitos, salários baixos e a carência de profissionais que transforma o atendimento médico em um caos. O Brasil é paraíso do mosquito Aedes Aegypti que continua fazendo vítimas e causando óbitos por dengue hemorrágica. Nem o sistema de saúde privado escapou da crise, pois o atendimento não é mais aquele, os planos de saúde cobram muito e os direitos dos contribuintes são escassos. É um SUS (Sistema Único de Saúde) melhorado. A ganância desses pseudos empresários é tão grande que além das despesas médicas estão faturando com estacionamentos de veículos dos doentes e familiares que procuram os hospitais. São verdadeiros sanguessugas e vampirizadores. O fato é que estão brincando de fazer saúde. A garantia da saúde tem várias consequências, mas num país onde a miséria, a fome, a desnutrição assolam, como iremos obter saúde para o povo? O índice de mortalidade infantil é muito alto. Nas capitais o sistema de saúde pública é precário imaginem no interior? Temos municípios tão pobres que nem hospitais funcionam, e a consulta médica é da rezadeira ou do farmacêutico, pois médico não quer enfrentar as dificuldades interioranas para ganhar merrecas. Entra político, sai político e a situação da saúde pública continua a mesma de penúria. Muitas pessoas já morreram em filas para conseguir um atendimento médico e os aposentados são tratados como verdadeiros escravos do sistema. O que estranhamos e com certa razão, é que tudo que vem no papel e sai da boca das autoridades, quando não falha na execução, o projeto transforma-se num fiasco e em conseqüência não chega a agradar gregos e troianos. E quem  paga a conta, com doenças que se agravam e mortes, são os próprios eleitores que elegem esses verdugos dirigentes do combalido sistema de saúde pública.

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