Segundo Aristóteles,
governar é permitir aos cidadãos vida plena, justa e feliz. Se os
governantes direcionassem suas metas imbuídos nos postulados filosóficos aristotélicos,
certamente o povo ficaria satisfeito. Entretanto, uns acertadamente governam
visando servir e não serem servidos; outros visam locupletar-se do cargo para
majorar o patrimônio, mesmo em detrimento do erário ou de terceiros. É uma
verdadeira peleja entre aqueles ou aquelas que buscam galgar status e, pior
ainda, usufruir do poder público ou privado, mesmo que venham cometer ilicitude
penal, praticando a famigerada improbidade administrativa, vírus cancerígeno
espalhado por todos quadrantes do planeta Terra. E
contumaz em terras grapiunas. Governar não é apenas dar ordens, muito menos
ostentar força e passar por cima de todos, principalmente dos injustiçados, e
ainda desrespeitar princípios constitucionais, prevaricando a todo momento como
não existisse acima de si ordenamento jurídico disciplinador da moral, ordem e
cidadania responsável por todo embasamento constitucional existente na Carta
Magna da nossa pátria. O grande Marechal Luis Alves Lima, Duque de Caxias,
assim expressava-se: “É tão nobre obedecer, como comandar”. Se o cidadão não
cumpre ordens, como deverá exigir isto dos outros? O chefe ideal não é apenas
aquele que administra bem a coisa sob sua responsabilidade, mas que atenda aos
anseios dos seus governados, principalmente, quando os mesmos estão revestidos
da força do direito devidamente reconhecido pela Suprema Corte do país. Estamos
próximos ao ano onde o povo irá às urnas para escolher seus governadores e
presidente. Naqueles
meses e dias que antecederão as eleições muitos postulantes aos cargos em foco
procurarão persuadir a população brasileira através dos planos de governo, os
mais sofisticados e mirabolantes possíveis. Os candidatos
apregoam justiça social e nivelamento entre as camadas sociais. Todavia,
após eleitos, esquecem de socorrer aos necessitados. Antes, prometem tudo,
inclusive proteger, amparar e defender a sociedade, renunciando quaisquer
vantagens presentes e futuras. Tudo não passa de uma farsa, ou até mesmo de uma
política demagógica. Perante o quadro nebuloso demonstrado neste artigo, é
inquestionável esta realidade, situação que deverá persistir por várias
décadas, visto que, o político quando aspira ascender ao poder promete tudo
fazer em benefício do povo. Porém, ao colocar o bastão de comando às mãos, esquece
das promessas feitas no palanque. No entanto, a novela recomeçará
com novo capítulo nas eleições futuras e a população continuará saturada de
ouvir tantas demagogias.
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