"Queremos
do governo federal a regulação das importações e a formatação de uma política
de preços mínimos”, diz o diretor da Biofábrica de Cacau, Henrique Almeida,
acrescentando que a Bahia produziu 137 mil toneladas de cacau na safra passada.
Outro problema trazido com as importações, segundo os produtores, são os riscos
permanentes de introdução de pragas e doenças exóticas na região. “Esse é um
risco real e que, por isso, requer a atenção de todas as autoridades”, opina
Guilherme Moura, vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado da
Bahia, salientando que “o cacau ainda é a atividade que mantém o frágil tecido
social de toda a região”. Vereadores, prefeitos e deputados estaduais
uniram-se, em Ilhéus, contra a importação, com apoio do prefeito Jabes Ribeiro.
O deputado estadual Sandro Régis (PR) considera inadimissível “que um vetor
econômico tão importante como o cacau passe por tantas dificuldades e esteja
relegado a um papel coadjuvante”. E o deputado estadual Pedro Tavares (PMDB)
lembra que a região já respondeu por 60% do Produto Interno Bruto da Bahia.
“Por isso, ela precisa de estímulos, como a regulação das importações e a
renegociação das dívidas dos produtores”. Já deputado estadual Augusto Castro
(PSDB) garantiu que o movimento chegou a Brasília. “Trata-se de um movimento
suprapartidário que tem como único objetivo a fixação de uma política de preços
mínimos e, mais adiante, a renegociação efetiva das dívidas dos
cacauicultores". (Alberto Oliveira).
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