Os inúmeros problemas vividos
diariamente no trânsito de Itabuna estão ligados à irresponsabilidade dos
condutores. Evidente que a ousadia de quem é useiro e vezeiro em desrespeitar
as normas de trânsito cresce à proporção que se nota a falta de fiscalização.
Também neste caso, como em outros, a sensação de impunidade estimula o
desrespeito à lei. Os gargalos existentes no trânsito de Itabuna são tão
grandes que tornou-se comum culpar o excesso de carros no sistema, a falta de
policiamento, a ausência de pontos de estacionamento e de vias para escoar o
tráfego nos locais mais congestionados. Tudo isso é problemático, sim, e merece
faz tempo a interferência das autoridades do setor a fim de, ao menos, regular
o fluxo. Há, porém, outro aspecto: em muitos casos, além das questões
cotidianas do trânsito, decorrentes de todos os males listados mais acima, há
ainda o desrespeito dos próprios motoristas. Há caminhões que simplesmente
param em vias de tráfego para desembarcar produtos – e nos horários mais
inconvenientes -, carros que estacionam em filas duplas e até triplas,
motoristas que param para conversar em plena faixa de movimento e gente que
parece desconhecer as regras mínimas da legislação. O problema é de tal vulto e
tão rotineiro que os motoristas nem percebem o quanto estes pequenos atropelos
em praticamente todos os bairros e centro de Itabuna concorrem para tornar o
ato de dirigir tanto mais estressante quanto perigoso. A isso se soma a falta
de fiscalização e de uma punição rigorosa capaz de inibir, de verdade, os
infratores. As irregularidades do trânsito, ainda mais numa cidade em que
conduzir veículos se tornou, em certo grau, atividade de risco, precisam ser
coibidas, a fim de que se possa dar um basta nos abusos. Muitas vezes, de tanto
conviver com o erro, o cidadão acaba nem percebendo que ele permanece ali.
Esses desrespeitos, porém, precisam ser combatidos por quem tem poder para
isso, sob pena de se passar a considerar legal o que é ilegal.
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