Dezenas de trios
elétricos estão desfilando no carnaval de Salvador, para que alguns baianos e
um número razoável de turistas possam (não, necessariamente nessa ordem…): SE
EMBRIAGAR – Estatísticas comprovam que o número de acidentes no
trânsito e homicídios aumentam no período de carnaval por causa da bebedeira: SARACUTIAR
POR AÍ PROCURANDO FRETE COM A NAMORADA DOS OUTROS, BATER NOS OUTROS (e apanhar
da polícia) – “As brigas e os furtos são, sem dúvidas o maior problema
durante a festa”, afirma o próprio comando da Polícia Militar da Bahia. Grande
parte desses casos, gerado por falta de bom senso, ou sacanagem mesmo, de um
bando de babacas que saem por aí: SE FANTASIAR DE MULHER – O
Carnaval é visto como um grande hino à libertinagem. Logo, muitas pessoas
resolvem pular cerca, dar um bacanal, curtir seu beijo gay assumido. Tem ainda
aqueles que vão apenas, dar uma “saidinha do armário pra tomar ar”. Aliás,
muitos conseguem convencer até a própria mãe que isso é “coisa de macho”.
Outros não tem a mesma sorte e acabam nunca mais voltando pro armário. “Uma
borboleta, jamais voltará a ser lagarta”, teria dito uma delas… AVERMELHAR
OS OLHOS, EMBRANQUECER O NARIZ, USAR LENCINHOS CHEIROSOS, SABOREAR DOCINHOS
– Vai me dizer que passou pela sua cabeça que os seguidores de Jah, os
sacizeiros e toda essa imensa população da matrix (que faz uso consciente ou
inconsequente do seu direito ilegal de abastecer seu alterego e, muitas vezes, seu
próprioego), iriam perder uma
oportunidade desse nipe? TRANSAR SEM CAMISINHA – Tá bom, tá
bom… quem nunca deu esse mole que atire o primeiro arrependimento… agora, tem
muita gente que joga roleta russa, brinca de dados apostando a vida e vive
dando sopa pro azar. E o Carnaval é, sem dúvidas, uma grande e larga “porta de
entrada” para a AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis. Não vacile,
use camisinha! Enfim… colocar pra fora toda sua decepção com: A FALTA
DE SAÚDE PÚBLICA – Enquanto pouco mais de 2 milhões de pessoas se
divertem no carnaval soterapolitano, 14 milhões de baianos lamentam o abandono
de Hospitais regionais em Itabuna, Camaçari, Ilhéus, Feirta de Santana e não há
um só hospital público com atendimento satisfatório. A INSEGURANÇA
GERAL QUE ASSOLA A CIDADE – Aas mortes estão acontecendo em pleno circuito
do carnaval de Salvador e explodem as ocorrências de estupros, assaltos,
roubos, arromabamentos de estabelecimentos comerciais e residenciais. O
DESEMPREGO QUE CONTINUA PREOCUPANDO – Os números mostram que a
situação não é nada boa. Para se ter uma noção, a sólida e bem sucedida Azaléia,
está demitindo, de uma só vez, 4.270 funcionários. O QUE NÃO FALTA É
MOTIVO – Preços subindo, falta de condição de comprar sua moradia,
gasolina cara, corno que tomou, doença grave descoberta, deputado vendendo
emendas parlamentares, o preço de tudo subindo como galinha pulando e até hoje
não sabe porque… Agora, no começo do texto vocês perguntaram: “como assim
alguns baianos”? ACOMPANHEM O RACIOCÍNIO
COMIGO: Se a Bahia tem 14 milhões de habitantes e chegam cerca de 500 mil
turistas do Brasil e de fora do país e mais uns 600 mil do interior do estado,
significa que chegam cerca de 1 milhão e 100 mil turistas. Como as ruas chegam
a ter 2 milhões de pessoas, ao mesmo tempo, nos 4 principais dias, vamos
colocar uma média de 1 milhão de baianos na folia por dia. Vamos dizer que haja
um revezamento da ordem de 100%, ou seja, são cerca de 2 milhões de pessoas que
vão às ruas em algum momento do Carnaval. Esse é o público que curte e vai ao
Carnaval. Não percam o raciocínio, 14 milhões sendo 100% dos baianos, 2 milhões
é igual a menos de 15% da população baiana!! Ou seja, se a gente não for cantor
de Axé (bem sucedido), produtor, dono de bloco, artista famoso, dono de
camarote ou marca de cerveja, enquanto eles ganham dinheiro, a gente que se
adapte a essas quase duas semanas de letargia no mercado baiano. E TEM MAIS: O
Governo vai investir, até o fim das comemorações momescas, quase 45 milhões. 22
milhões, somente na segurança pública!! Uma super preocupação NÃO COM A
SEGURANÇA EM SI, MAS COM A EXPOSIÇÃO QUE A FALTA DE SEGURANÇA SERIA SUBMETIDA
SE NÃO FOSSEM TOMADAS MEDIDAS PALEATIVAS DURANTE O CARNAVAL!!
"VOU-ME EMBORA PRA BRUZUNDANGA"
ResponderExcluirO Brasil é um país fantástico. Nulidades são transformadas em gênios da noite para o dia. Uma eficaz máquina de propaganda faz milagres. Temos ao longo da nossa História diversos exemplos. O mais recente é Dilma Rousseff.
Surgiu no mundo político brasileiro há uma década. Durante o regime militar militou em grupos de luta armada, mas não se destacou entre as lideranças. Fez política no Rio Grande do Sul exercendo funções pouco expressivas.
Tentou fazer pós graduação em Economia na Unicamp, mas acabou fracassando, não conseguiu sequer fazer um simples exame de qualificação de mestrado. Mesmo assim, durante anos foi apresentada como "doutora" em Economia.
Quis-se aventurar no mundo de negócios, mas também malogrou. Abriu em Porto Alegre uma lojinha de mercadorias populares, conhecidas como "de 1,99". Não deu certo. Teve logo de fechar as portas.
Caminharia para a obscuridade se vivesse num país politicamente sério. Porém, para sorte dela, nasceu no Brasil. E depois de tantos fracassos acabou premiada: virou ministra de Minas e Energia.
Lula disse que ficou impressionado porque numa reunião ela compareceu munida de um laptop. Ainda mais: apresentou um enorme volume de dados que, apesar de incompreensíveis, impressionaram favoravelmente o presidente eleito.
Foi nesse cenário, digno de O Homem que Sabia Javanês, que Dilma passou pouco mais de dois anos no Ministério de Minas e Energia.
Deixou como marca um absoluto vazio. Nada fez digno de registro. Mas novamente foi promovida. Chegou à chefia da Casa Civil após a queda de José Dirceu, abatido pelo escândalo do mensalão.
Cabe novamente a pergunta: por quê? Para o projeto continuísta do PT a figura anódina de Dilma Rousseff caiu como uma luva. Mesmo não deixando em um quinquênio uma marca administrativa um projeto, uma ideia, foi alçada a sucessora de Lula.
Nesse momento, quando foi definida como a futura ocupante da cadeira presidencial, é que foi desenhado o figurino de gestora eficiente, de profunda conhecedora de economia e do Brasil, de uma técnica exemplar, durona, implacável e desinteressada de política. Como deveria ser uma presidente a primeira no imaginário popular.
Marco Antonio Villa é historiador