Algumas
pessoas estão me acusando de estar sendo precipitado, ao criticar o governo do
prefeito Vane do Renascer, que está em seu segundo mês de vigência. Embora eu
sempre ressalte o fato de que nunca há um tempo propício para se aplaudir, ou
vaiar quem quer que seja, muita gente ainda teima em querer determinar prazo
mínimo para minhas manifestações de protestos e criticas ao que considero como
um desastroso começo de governo. Expressar posicionamentos é intrínseco ao
indivíduo irrequieto, rebelde, questionador e consequentemente eu jamais
poderia me silenciar diante da proposta indecorosa de se pagar um mês de atraso
salarial de trabalhadores da prefeitura, em 16 e depois 6 parcelas. Também tive
que protestar a retirada de lama do canal do São Caetano, para despejá-la no
bairro Fonseca. Não houve como aceitar silenciosamente as dezenas de nomeações
de forasteiros para ocupação de cargos comissionados, numa administração sob o
comando de quem tanto criticou esta prática no governo passado. Não há como tolerar
Vane ser tão marionete de Wenceslau (Vice), quanto seu antecessor, Capitão
Azevedo, o foi de Joelma Reis. Não tem como concordar com a permanência da
inércia e fictismo de setores tão imprescindíveis como postos médicos, “Ei
Mamãe”, creches e quase todos que deveriam está atuando para melhorar a qualidade
de vida do povo. Entretanto, para que não sejamos acusados de intransigência e
parcialização, quero aqui fazer o desafio de se apresentar no espaço abaixo, destinado
aos comentários, o que se tem realizado de diferente na atual administração, em
relação ao que estava acontecendo no governo passado. Reafirmo que não há um só
setor digno de ser considerado como exemplo de gestão pública, ou que esteja em
condições melhores neste início de gestão de Vane do Renascer. E me submeto a
ser desmascarado. Pronto, está feito o desafio!
Concordo em gênero e grau com tudo que você falou. Finalmente alguém teve coragem de dizer o que toda a cidade de Itabuna está falando. Votei no prefeito Vane e estou decepcionada. Sou funcionária da prefeitura e vejo esse governo desrespeitar o funcionalismo público como se fossem se perpetuar no poder. Tenho dito a todos, nós vamos sofrer por quatro anos, mas te garanto serão apenas quatro e se Deus quiser nunca mais ouviremos falar desses dois senhores que aí estão.
ResponderExcluirQuero ainda agradecer ao Sr. Val Cabral pela coragem de denunciar os desmandos do atual governo e por não ter medo de dizer a verdade. Não é cedo pra falar a verdade. Quem se calou até agora foi só por interesse. Talvez quando os demais blogs e órgãos da imprensa começarem a falar será muito tarde.
ResponderExcluirConcordo com você Val Cabral, a crítica quando é assertiva deve ser feita e é bom para democracia.
ResponderExcluirVal , eu também não acredito no governo do bigodinho.
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ResponderExcluirCansou!, por Ricardo Noblat
Responda com sinceridade e sem preconceitos contra quem quer que seja: é notícia ou não é o Procurador-Geral da República denunciar por crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos um senador da República candidato a presidir o Senado pela segunda vez?
Leve em conta que o tal senador renunciou no passado à presidência do Senado para escapar de ser cassado por quebra de decoro.
Da mesma maneira e sob a mesma condição, responda: é ou não dever da imprensa produzir uma extensa cobertura do julgamento mais longo da história do Supremo Tribunal Federal, e que poderia remeter para a cadeia cabeças do partido que mandam no país há 10 anos?
Jamais o Supremo condenara políticos à cadeia. Nem mesmo os mequetrefes. Mas vamos em frente.
A imprensa tem ou não o direito de expressar sua opinião a respeito de qualquer tema que julgue de interesse público?
De que forma ela cumprirá melhor seu papel - sendo pródiga em elogios aos poderes da República ou preferindo fiscalizá-los para apontar seus erros e defeitos?
Quem tem ideia fixa é doido. Pode também não ser. Pode estar em campanha - daí a insistência com a ideia. Qualquer ideia.
Em 1989, candidato a presidente da República, Collor se apresentou como o político ético, moralista, contra um bando de corruptos, a começar pelo presidente da República. Só quem prestava era ele.
Lula foi mais modesto do que Collor. Havia no Congresso 300 picaretas, acusou ele. Collor diria que todos no Congresso eram picaretas.
Como disse que rejeitava o apoio dos políticos. Como desprezou publicamente o apoio de empresários. Como jurou não ser político nem empresário.
Uma ideia fixa a serviço de um plano - no caso o dele, o de ocupar a vaga que Sarney deixaria no Palácio do Planalto.
O plano de Collor o empurrou para o ataque. O mais recente, de Lula e seus seguidores, para a defesa.
Até aqui esgrimam com a ideia fixa de que a imprensa existe para destruí-los, e ao PT. A ideia está a serviço do plano de desacreditar quem os ataca.
O plano começou a ser posto em prática quando o governo Lula e o PT se tornaram alvo de críticas. Antes, não.
Lembra de Lula sentadinho na bancada do Jornal Nacional sendo entrevistado ao vivo no dia seguinte à sua eleição? Tão dócil!
Mas aí veio o Caso Waldomiro Diniz - o assessor do ministro José Dirceu que antes de assumir o cargo tentou tomar dinheiro do bicheiro Cachoeira.
Veio o Caso Mensalão - o pagamento de propinas para que deputados votassem como mandava o governo.
E aí... Aí não precisaria de mais nada, não é mesmo? Embora ao mensalão tenham se seguido outros escândalos de peso.
O que fazer? O que Lula e o PT fizeram: exibirem-se como vítimas. Apontarem a imprensa como algoz. Acusarem-na de mentir, mentir e mentir.
Você tem de dar a seus correligionários argumentos para que o defendam. O argumento da imprensa golpista, a serviço da oposição ao primeiro governo com raízes populares, não deixa de ser um bom argumento. Tem aderência. E o dispensa de se defender de fato das acusações.
De resto, embora estrile, a imprensa aprecia quando apanha. Isso lhe oferece a chance de publicar as críticas como quem diz: "Veem como sou isenta?". Parece razoável.
Mas ao cabo, a verdade é que envelheceu a fórmula que serve simultaneamente aos desafetos da imprensa e a ela mesma.
Imaginem que José Dirceu, outro dia, disse que Renan é alvo de um golpe mediático. Pode? Renan? Logo ele?