A segunda maior tragédia envolvendo incêndio em nosso
país com vítimas fatais chocou e comoveu o mundo. Em poucos minutos a alegria e
o divertimento deram lugar ao caos e desespero no interior da Boate Kiss. A
Kiss foi como um beijo traidor, roubado, que sufocou filhos e amigos de 237
famílias. Dezenas de pessoas se amontoaram nos banheiros na esperança de se
salvar ou encontrar a saída. Tento imaginar o horror que os bombeiros
presenciaram, de pessoas mortas, amontoadas, encurraladas e sem esperanças. Os jovens
na Kiss, foram como ovelhas que vão para o matadouro. Ovelhas quando vão para o
matadouro não sabem e não se dão conta do que está se passando e quando
percebem o perigo não conseguem mais fugir da situação mortífera. Só há uma
saída de emergência, e parece que nem ela seja suficiente! Seja de forma
trágica ou natural, a morte de alguém sempre é um drama, mas quando ocorre em
proporções como foi a deste incêndio choca muito mais. Toda tragédia poderia
ser evitada. A questão é que dependemos de uma cadeia de pessoas e
circunstâncias, e, por mais que busquemos a perfeição, em algum momento, a
fatalidade nos encurrala, a fumaça preta denuncia o fogo que consome. Mesmo que
se descubra as causas do incêndio, agora é hora de juntar o que sobrou. Onde
falta prevenção, necessita-se de reconstrução. Feliz de quem encontrou a porta,
não para sair da boate, mas para morrer em paz. “Eu sou a ressurreição e vida.
Quem crê em mim, ainda que morra viverá; e quem vive e crê em mim nunca
morrerá” (João 11.25). Desejo que Deus conforte todos os que choram e assim
possamos evitar tragédias maiores!
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