Em suas viagens pelo mundo, a exemplo do que fazia o antecessor, a presidenta
Dilma ofereceu ajuda à Espanha, como já o fez em relação a outros países, como
se o Brasil fosse um manancial de recursos fáceis e vivesse em abundância; seu
povo sem os dramas das secas; saúde (doentes nos corredores dos hospitais);
analfabetos; violência crescente e incontrolável; desabrigados; fome; péssimas
estradas; impostos exagerados etc. Basta, como exemplo até mesmo menor, diante
de outras calamidades, recordar as secas da região nordestina, valendo
assinalar que a anterior catástrofe da última seca ainda não fora totalmente
resolvida. Observe, presidenta, que o dinheiro arrecadado não pertence ao
governante, é uma contribuição obrigatória dos cidadãos que deveria ser em
troca de benefícios. Qual, como, quando e em que circunstâncias a Espanha já
prestou ajuda ao Brasil, ou ofereceu dinheiro generosamente? Ao contrário,
assistimos a cenas humilhantes de brasileiros nos aeroportos espanhóis! Leio
nos jornais e vejo na televisão que já está disponível a verba de R$ 1,8 bi
apenas para reforçar a segurança das Copas, embora haja omissão governamental
em relação aos cidadãos, na Bahia, em Itabuna e quaisquer Estados e municípios,
impedindo-lhe o direito de ir e vir e de se reunir com a família, passear e
usufruir lazer diverso, inclusive trabalhar, porque inseguro. Não sou contra a
que o País seja sede de competições esportivas de tal abrangência, mas,
sinceramente, discordo da forma como se encara esses eventos, dando-lhes
absoluta prioridade, como se o resto fosse mesmo um resto, uma insignificância.
Um governante não deve embalar-se no canto da sereia e nem nos aplausos dos
eternos bajuladores e dos conhecidos criadores de projetos megalomaníacos,
porque as menores coisas que afetam o labutar da população, tais como:
transporte bom e barato; escolas em todos os níveis acessíveis aos carentes;
saúde e educação, pelo menos de regular qualidade; ruas saneadas; buracos
consertados; luz sem apagões; água boa e de acessível preço; estas, sim, são
esquecidas porque o povo, massa de manobra, com raras exceções, não costuma
lutar por seus diretos e seguem os acenos dos eloquentes, dos pregadores de
promessas enganosas. O comodismo de milhões de jovens que se beneficiam da
denominada “Bolsa Esmola” irá produzir uma geração de preguiçosos e analfabetos
funcionais, com profundos e irrecuperáveis danos ao País. Anuncia-se que o
valor a ser empregado, até agora, para que se realize essas Copas, já estaria
calculado em R$ 33 bi. Uma fortuna desse tamanho não seria melhor aplicada em
infraestrutura? Seria interessante espelhar-se no exemplo dos gastos naquele
Centro de Convenções e Teatro, que foram erguidos aqui em Itabuna e viraram
elefantes brancos. As Copas passam, as vitórias igualmente; porém, o choro que
se seguirá, pela morte de milhões abandonados e outras misérias brasileiras,
normalmente acompanhado das costumeiras justificativas oficiais, ainda não
servirão de exemplo.
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