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6 de fevereiro de 2013

DILMA BRINCA COM BONECAS DOS OUTROS



Em suas viagens pelo mundo, a exemplo do que fazia o antecessor, a presidenta Dilma ofereceu ajuda à Espanha, como já o fez em relação a outros países, como se o Brasil fosse um manancial de recursos fáceis e vivesse em abundância; seu povo sem os dramas das secas; saúde (doentes nos corredores dos hospitais); analfabetos; violência crescente e incontrolável; desabrigados; fome; péssimas estradas; impostos exagerados etc. Basta, como exemplo até mesmo menor, diante de outras calamidades, recordar as secas da região nordestina, valendo assinalar que a anterior catástrofe da última seca ainda não fora totalmente resolvida. Observe, presidenta, que o dinheiro arrecadado não pertence ao governante, é uma contribuição obrigatória dos cidadãos que deveria ser em troca de benefícios. Qual, como, quando e em que circunstâncias a Espanha já prestou ajuda ao Brasil, ou ofereceu dinheiro generosamente? Ao contrário, assistimos a cenas humilhantes de brasileiros nos aeroportos espanhóis! Leio nos jornais e vejo na televisão que já está disponível a verba de R$ 1,8 bi apenas para reforçar a segurança das Copas, embora haja omissão governamental em relação aos cidadãos, na Bahia, em Itabuna e quaisquer Estados e municípios, impedindo-lhe o direito de ir e vir e de se reunir com a família, passear e usufruir lazer diverso, inclusive trabalhar, porque inseguro. Não sou contra a que o País seja sede de competições esportivas de tal abrangência, mas, sinceramente, discordo da forma como se encara esses eventos, dando-lhes absoluta prioridade, como se o resto fosse mesmo um resto, uma insignificância. Um governante não deve embalar-se no canto da sereia e nem nos aplausos dos eternos bajuladores e dos conhecidos criadores de projetos megalomaníacos, porque as menores coisas que afetam o labutar da população, tais como: transporte bom e barato; escolas em todos os níveis acessíveis aos carentes; saúde e educação, pelo menos de regular qualidade; ruas saneadas; buracos consertados; luz sem apagões; água boa e de acessível preço; estas, sim, são esquecidas porque o povo, massa de manobra, com raras exceções, não costuma lutar por seus diretos e seguem os acenos dos eloquentes, dos pregadores de promessas enganosas. O comodismo de milhões de jovens que se beneficiam da denominada “Bolsa Esmola” irá produzir uma geração de preguiçosos e analfabetos funcionais, com profundos e irrecuperáveis danos ao País. Anuncia-se que o valor a ser empregado, até agora, para que se realize essas Copas, já estaria calculado em R$ 33 bi. Uma fortuna desse tamanho não seria melhor aplicada em infraestrutura? Seria interessante espelhar-se no exemplo dos gastos naquele Centro de Convenções e Teatro, que foram erguidos aqui em Itabuna e viraram elefantes brancos. As Copas passam, as vitórias igualmente; porém, o choro que se seguirá, pela morte de milhões abandonados e outras misérias brasileiras, normalmente acompanhado das costumeiras justificativas oficiais, ainda não servirão de exemplo.

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