SOMOS HOJE VIAJANTES NO AGUARDO DE UMA VIAGEM PARA SEMPRE

É comum aos poetas, romancistas e escritores nas suas obras literárias usarem a frase: “O tempo é o senhor da razão”. Com esta expressão, buscam preconizar fato que poderá acontecer no porvir. Diante desta afirmação podemos falar que o momento presente é o revestimento que direcionará a rota para onde os ventos da vida soprarão. Desde o nascimento até a morte, o homem passa, evidentemente, por diversos estágios até o momento derradeiro. É uma verdadeira peleja sem trégua, ora com vitórias ou até mesmo instantes duvidosos, tenebrosos e de derrotas. É uma luta constante da criatura humana contra as adversidades da vida. Ao nascermos, somos involuntariamente revestidos de incertezas. Ainda que se presuma o amanhã, mesmo assim paira no subconsciente a concretização ou não de fatos que poderão acontecer. De qualquer sorte, tudo acontecerá segundo os ditames da própria natureza. A velocidade do tempo é muitas das vezes impercebível, deixando-nos perdidos nas noites dos tempos e nas alvoradas matutinas, sobretudo ao fazermos uma retrospectiva da nossa existência a partir da infância e, agora, no cair da noite do cotidiano, que pouco a pouco desaparece do horizonte. Tudo parece mais um pesadelo. Bom é despertar deste sono que nos leva a outros campos. Sonhar é semelhante a uma ficção que ao acordar constatamos que tudo passou apenas de uma imaginação. O tempo é exatamente o espaço devido reservado para toda criatura humana neste planeta. Para tudo neste mundo o cronômetro está presente, do nascer ao dia final. O corre-corre diário, as preocupações contínuas e as decepções costumeiras afetam a todo momento o comportamento das pessoas, metamorfoseando a cada instante o caráter humano. Bom estarmos preparados para enfrentar essas atribulações e, como consequência, entendermos as pessoas que nos circundam, sem molestá-las. Portanto, somos, neste globo terrestre, apenas viajantes no aguardo de uma viagem para sempre. O passaporte está disponível. O visto já foi concedido. Resta-nos aguardar a partida que todos, hoje ou amanhã, executarão.