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Câmara

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22 de janeiro de 2013

NÃO HÁ VENCEDOR NO CRACK, ECTASY...



Alguém uma vez me falou, que a pessoa de 40 anos se dopa e fica com a sensação de ter 20. Quando passa o efeito, parece ter 80 anos. Tudo o quanto é droga neste país está fora de controle, sobretudo pela omissão do Estado na vigilância das fronteiras, não é de hoje, pois, que drogas ilícitas degeneram nossos jovens e turbinam atletas, mesmo aqueles mais bem treinados. Com efeito, cada vez mais gente consagrada tem sido flagrada, desmoronando toda uma carreira. Às vezes, a pesquisa laboratorial é meramente formal. É suficiente comparar fotos e ver as metamorfoses físicas e psíquicas. Além da medonha musculatura, a mandíbula leonina não deixa dúvidas sobre o uso de anabolizantes. Pensadores, poetas, músicos, escritores e outros desocupados não estão imunes às tentações da química. Em tempos de crack e ectasy, o esquizofrenizante ácido conheceu dias de glória. Sei de gente que consumia cocaína para combater dores de um câncer. E quem teria sido usuário de anfetaminas sobre pretexto de que havia pressa para concluir trabalhos. Outro apaixonou-se pelo absinto, bebida fortíssima, que costuma levar os mais perseverantes ao inferno existencial. É inevitável. Cedo ou tarde, a droga devasta. No entanto, acerca da influência dos químicos no desempenho esportivo ou criação intelectual, um advogado do diabo costuma perguntar: sob efeito das drogas, quantos consumidores conseguem um pódio olímpico ou elaboram uma teoria psicanalítica? 

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