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Câmara

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24 de janeiro de 2013

MOTO COMO ARMA EM MÃOS DE IRRESPONSÁVEIS


As estatísticas não são mais preocupantes: são graves. É epidêmico o número de motos circulando em Itabuna, uma ameaça constante para todos: motoqueiros, motoristas, pedestres e vai além. Do ronco alucinado de uma moto, de repente pode estar surgindo um matador profissional escondendo o rosto dentro do capacete, pronto para disparar mortalmente sua arma contra a próxima vítima. As motos também se transformaram em veículo fácil e ágil para a prática do crime. No trânsito, avançam em bloco, rápidos, imprudentes rompem quaisquer obstáculos que encontram pela frente. Fazem zigue-zague, tocam nos automóveis parados nos semáforos, arranham, afrontam, desafiam. Infelizmente, a grande maioria que dirige esse transporte não está preparada para enfrentar o dia a dia no trânsito. Falta-lhes teoria, técnica, equipamentos, responsabilidade, educação. Não respeitam as faixas de segurança, ultrapassam perigosamente, dirigem usando sandália de borracha solta nos pés. Lideram a competição dos acidentes de trânsito, morrendo e incapacitando precocemente muitas pessoas, na maioria jovem. A falta de rigor na concessão de carteiras de habilitação é a grande responsável por tantas tragédias diariamente. Moto na rua, perigo em dobro. Segundo dados do Hospital de Base Luiz Eduardo Magalhães, o custo de internações hospitalares de pessoas envolvidas em acidentes de trânsito com motos aumentou bastante nos últimos quatro anos. A Unidade de Emergência do HBLEM recebe, em média, seis vítimas de acidentes envolvendo motos. A imprensa noticia mortes constantes, causadas por acidentes envolvendo motociclistas. É alarmante e muita coisa precisa ser feita para minimizar esses dados assustadores. Pior, é que esta realidade é o que acontece em quase todas as cidades brasileiras. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), as autoridades precisam tomar uma atitude urgente, imediata, sob pena de aumentar a cada dia o número de corpos mutilados, estendidos no asfalto, vítimas da ignorância de milhares de jovens que fazem da motocicleta a arma preferida ao próprio suicídio. Mudança no código de trânsito brasileiro, restrições para circulação de motos, enfim, as ruas não podem continuar matando motoqueiros. (valcabral.blogspot.com).

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