As estatísticas não são mais preocupantes: são
graves. É epidêmico o número de motos circulando em Itabuna, uma ameaça
constante para todos: motoqueiros, motoristas, pedestres e vai além. Do ronco
alucinado de uma moto, de repente pode estar surgindo um matador profissional
escondendo o rosto dentro do capacete, pronto para disparar mortalmente sua
arma contra a próxima vítima. As motos também se transformaram em veículo fácil
e ágil para a prática do crime. No trânsito, avançam em bloco, rápidos,
imprudentes rompem quaisquer obstáculos que encontram pela frente. Fazem
zigue-zague, tocam nos automóveis parados nos semáforos, arranham, afrontam,
desafiam. Infelizmente, a grande maioria que dirige esse transporte não está
preparada para enfrentar o dia a dia no trânsito. Falta-lhes teoria, técnica,
equipamentos, responsabilidade, educação. Não respeitam as faixas de segurança,
ultrapassam perigosamente, dirigem usando sandália de borracha solta nos pés.
Lideram a competição dos acidentes de trânsito, morrendo e incapacitando
precocemente muitas pessoas, na maioria jovem. A falta de rigor na concessão de
carteiras de habilitação é a grande responsável por tantas tragédias
diariamente. Moto na rua, perigo em dobro. Segundo dados do Hospital de Base
Luiz Eduardo Magalhães, o custo de internações hospitalares de pessoas
envolvidas em acidentes de trânsito com motos aumentou bastante nos últimos
quatro anos. A Unidade de Emergência do HBLEM recebe, em média, seis vítimas de
acidentes envolvendo motos. A imprensa noticia mortes constantes, causadas por
acidentes envolvendo motociclistas. É alarmante e muita coisa precisa ser feita
para minimizar esses dados assustadores. Pior, é que esta realidade é o que
acontece em quase todas as cidades brasileiras. O Conselho Nacional de Trânsito
(Contran), as autoridades precisam tomar uma atitude urgente, imediata, sob
pena de aumentar a cada dia o número de corpos mutilados, estendidos no
asfalto, vítimas da ignorância de milhares de jovens que fazem da motocicleta a
arma preferida ao próprio suicídio. Mudança no código de trânsito brasileiro,
restrições para circulação de motos, enfim, as ruas não podem continuar matando
motoqueiros. (valcabral.blogspot.com).
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