Papai Noel está longe de ser o tal
"bom velhinho". Como todo mundo sabe, ele só traz presentes para as
crianças ricas que, via de regra, são mal educadas, encapetadas e arrogantes.
As pobrezinhas, que já não comem o ano todo, ficam a ver navios também no
Natal. Isto faz do tal Papai Noel um velho elitista, consumista e, a bem da
verdade, malvado. Papai Noel é símbolo do capitalismo selvagem e sua festa
acabou surrupiando boa parte do brilho do aniversário do menino Jesus. No meio de luzinhas piscantes que insistem em
piscar em plena crise mundial de energia, sob a neve artificial sufocante que
insiste em cair com 40 graus à sombra, entre renas atordoadas e anõezinhos
esverdeados, (falem a verdade) alguém se lembra do aspecto religioso que a
festa do Natal deveria conter? Todo mundo com seus cartões de crédito em punho
gasta tudo aquilo que não tem, para presentear com coisas supérfluas, pessoas que
não são nada queridas ou merecedoras. É o exagero dos exageros! Depois vem a
ressaca: em Janeiro caem as faturas e as contas que se somam aos impostos do
início do ano e o "próspero Ano Novo" vira um pesadelo econômico. Agora
quero ver alguém conseguir passar à margem de tudo isso e ignorar o Natal de
verde-amarelo (ou seria verde-vermelho?). Está lançado o desafio: em Janeiro
"quero ver você não chorar, não olhar para trás nem se arrepender do que
faz". Quando as faturas chegarem, "quero ver o amor vencer e se a dor
nascer, você resistir e sorrir"!
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