O novo ano deve começar com mais
impostos nas costas da população da Bahia.Tudo porque o governo estadual deve
aprovar na Assembleia Legislativa projetos que preveem aumentos de taxas. Um
verdadeiro absurdo que vai na contramão do governo federal, que tem trabalhado
duro em várias frentes para diminuir o peso da carga tributária no bolso do contribuinte.
A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) da linha branca e de
veículos e a redução da tarifa de energia são dois bons exemplos do esforço que
a presidente Dilma vem fazendo para estimular o consumo e dar um gás na nossa
economia. Mas, aqui, o tal do alinhamento não serve para boas coisas. Na Bahia,
equivocadamente, recorreu-se ao caminho mais fácil e menos dispendioso ao
governador: aumentar os impostos. Os projetos de Lei, enviados pelo governo
estadual à Assembleia Legislativa atingirão em cheio a você, cidadão baiano,
que além de ter um atendimento ruim, agora vai pagar mais caro por isso. Em uma
das propostas, a população terá que gastar mais pelos serviços de telefonia
móvel e fixa e pelo de TV por assinatura. Justamente um dos setores que a
população mais precisa. Ou seja, você agora vai pagar mais caro ao carregar os
créditos no celular para financiar a farra de gastos do governo do estado. Parece
até que, pelo fato de ter perdido as eleições em Salvador e em algumas das maiores
e mais importantes cidades do estado, o Governo Wagner, ao invés de fazer uma
autocrítica e corrigir os rumos, resolveu punir a população. Para se ter uma
ideia, em um dos reajustes de taxas, como no caso do Detran, esse aumento chega
a impressionantes 375% para uma reavaliação psicológica, ou 184% para selagem
de uma placa. Um absurdo que a Assembleia deve aprovar na calada da noite, sem
discutir os rumos de um governo que se mostra cada dia mais inerte e gastador. Sem
dúvidas, a Bahia precisa melhorar urgentemente as suas contas, mas antes de
aumentar a arrecadação, deveria começar pelo corte de custos, como faz qualquer
cidadão quando precisa comprar uma TV nova ou reformar a casa: corta o
supérfluo, diminui a cerveja no fim de semana, essas coisas. Não é complicado,
basta começar a cortar despesas para não ficar com as contas no vermelho e
recorrer aos constantes empréstimos que vêm servindo para cobrir o rombo da sua
ineficiência, prejudicando áreas importantes, a exemplo da segurança, saúde e
educação, que estão entre os piores desempenhos do país. O governo atual
deveria cortar a própria carne e não onerar ainda mais o lado mais fraco: a
população. A solução permanente para os problemas de caixa passa,
invariavelmente, pela melhoria da infraestrutura e por uma política eficiente e
ousada de atração de novos investimentos. Com mais empresas em nosso Estado,
novos empregos e oportunidades de negócios seriam criados, diminuindo a
dependência que temos de alguns setores, como petróleo e petroquímica. Assim, o
nosso povo teria mais oportunidades, melhoraria sua renda, alavancando a nossa
economia e as fontes de receitas do governo estadual. Mas, aqui, ao contrário,
estamos regredindo. Perdemos um parque industrial calçadista importante, com o
fechamento da Azaléia, muito pela falta de cuidado e interesse do governo do
estado em defender a Bahia e seu povo. O resultado disso serão mais de 14 mil
desempregados em todo o Estado, órfãos de um governo que cumpra sua obrigação,
e que agora tenta tardiamente uma solução. Aumento de impostos e fechamento de
empresas. Infelizmente esse é o presente de Natal que o governo do estado dá
aos baianos. Mas não há de ser nada. Como somos retados e nunca nos deixamos
abater, com certeza vamos passar o Natal e Ano Novo brindando e comemorando com
alegria, cruzando os dedos, pulando ondas, rezando e jogando as
oferendas.Botando a maior fé que vamos juntos dar a volta por cima, afinal, a
Bahia será sempre maior que qualquer um. (www.blogdogeddel.com.br).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.