O jovem Samuel
Brinton era um pré-adolescente de apenas 12 anos que vivia com seus pais
em uma missão religiosa, quando uma cópia da revista playboy foi parar nas mãos
dos jovens ansiosos da comunidade. Com muito orgulho e confundindo
sexualidade com santidade, Samuel foi contar ao pai que se
considerava tão justo e santo, que não sentiu nada ao ver as
mulheres com pouca roupa e que sentia mais atração pelo seu melhor amigo.
O pior que Samuel com tão pouca idade não fazia ideia do que seria aquela
atração e que aquilo seria extremamente proibido segundo as leis de seus pais. Seu
pai era um pastor da "Igreja Batista Norte-Americana" que atuava no
interior do estado de Iowa que jamais
iria permitir seu filho ser gay e ter atração por outros meninos. Ele
não titubeou e submeteu Samuel a sua primeira sessão de cura na Igreja. Samuel
passou toda sua infância sendo torturado
pela família em rituais da Igreja Batista. Segundo ele estas torturas
não eram apenas físicas más também psicológicas. Afirmavam que ele era o único
gay dos EUA que o governo teria exterminado todos os outros e que todos os gays
tinham Aids. Perfuravam embaixo das unhas com agulhas, abusavam de sessão
de eletrochoque ao mesmo tempo que mostravam fotos de homens em atitudes explicitas. Mostravam homens se
abraçando enquanto obrigavam a segurar cubos de gelo para combinar a intimidade
sexual masculina com a dor física. Ele afirma que por diversas vezes chegou a
ser internado em hospitais de tanto que apanhava de seu pai e era obrigado a
dizer que tinha sofrido algum acidente em casa. O sofrimento era tanto que por
diversas vezes subia no telhado da casa pensando em suicídio. Sua mãe dizia:
"Eu vou te amar de novo, mas só se você mudar." Definitivamente
ele resolveu assumir sua orientação
sexual, porém um dia ao voltar para casa encontrou suas coisas todas na
rua. O pai ameaçou matá-lo se ele tentasse contato novamente. “Na última vez,
ele disse que atiraria em mim se eu tentasse entrar em casa de novo”. Samuel
muitas vezes é convidado para contar sua história, ele não cansa de
relatar suas experiências na esperança de que outras pessoas que sofrem como
ele tenham muita esperança. Não podemos imaginar que exemplo de amor, caridade cristã e compreensão
ao seu semelhante que este pastor prega a sua comunidade. Por Baruch
Kaliel.
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