Em
bem sabia que essa família Maya não era de merecer esse crédito todo. Sempre
soube que eram uns incompetentes e gostavam de ser o centro das atenções, como
uns deles que conheço no Rio de Janeiro e que só sabem fazer política, mesmo
assim dizem que não estão mais com essa bola toda. Ainda ontem (sexta-feira,
21), ouviu falar – à boca-pequena – aqui na “Boca Maldita”, em Curitiba, a
confirmação do que já sabia e não levava a sério, de que esses Maya eram uns
caras que gostavam de viver nas nuvens, ou pelo menos perto delas. E olha que o
povo da “Boca Maldita” não é de jogar conversa fora. Pelo que consegui escutar,
a família Maya se meteu a fazer um calendário e, pelo que consta, não conseguiu
sequer acabar (o calendário, é claro), dando a entender ao mundo que o dia 21
de dezembro de 2012 era o fim de tudo. Até eu que nunca levei “esses caras” a
sério pensei que estaria com os dias contados. Também com todo o mundo (ou
quase) dizendo que o mundo iria mesmo acabar, não tive alternativa senão entrar
no clima. Parecia até copa do mundo da Fifa: tinha data e hora para terminar.
Mas qual, quando fui me inteirar direito, nem o ex-presidente Lula sabia e,
pior, os cientistas da Nasa desmentiram esses Maya, ponto por ponto. Essa
polêmica só me deu prejuízo: primeiro foi sair por aí comprando tudo que via
pela frente com os cartões de crédito, pensando que não iria pagar. Agora vou
ter que trabalhar dobrado. Pior do que isso, ao vir comemorar o fim do mundo
fora de Itabuna, perdi a comemoração do fim do mundo promovida pela Academia de
Letras, Artes, Música, Birita, Inutilidades, Quimeras, Utopia e Etc.
(Alambique) no Beco do Fuxico, iniciando no ABC da Noite do Caboclo Alencar e
subindo para o Artigos para Beber, já no Alto Beco. Mas não faz mal, já que o
mundo continua mundo e eu vivo, vou comemorar meu desatino em Joinville, onde
não falta cerveja da boa, feita de forma artesanal e comida da melhor qualidade.
Vou até pedir ao Papai Noel que no próximo ano ele arranje história melhor para
ser contada antes do Natal. Quem sabe o “bom velhinho” não me atenda… (Walmir
Rosário - Jornalista, advogado e editor do www.ciadanotícia.com.br).
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