NUNCA AS AMANTES SÃO BARATAS

A sedução no poder vem dos primórdios. Misturam-se conflitos, corrupção, mulheres astutas, encantadoras e crimes. A ambição humana é incontrolável quando se joga com interesses e fortunas fáceis obtidas pela manipulação do dinheiro público. No centro desse fogo cruzado, surgem paixões avassaladoras, amantes irresistíveis. Por trás da porta de luxuosas suítes de hotel e nos gabinetes republicanos, segredos de Estado estão perigosamente guardados. Alguns vazam pelo buraco da fechadura, como é o caso Bill Clinton e Monica Lewinsky. Ela, uma jovem com pouco mais de 20 anos, viveu intensos momentos de prazer abocanhando parte íntima do presidente na Casa Branca, na intimidade plena com o chefe de Estado da nação mais poderosa do mundo. São muitas as histórias de famosos estadistas que surgiram na mídia como vilões que, literalmente, se envolveram com amores proibidos criando sérios embaraços para sua imagem de cidadão de conduta imaculada. Escrevi aqui, recentemente, que o poder é afrodisíaco. Quem não se lembra dos pulinhos extraconjugais de prefeitos de Itabuna? As primeiras damas eram objetos de desejo alheio, mas eles, sutilmente, seduziam criaturas ainda mais sensuais. Muita gente do povo itabunense conta histórias de mulheres que foram ardentemente desejadas por personagens veneradas e odiadas como Fernando Gomes, Capitão Azevedo e Geraldo Simões. Nos tempos do Império, d. Pedro I se deliciou nas curvas estonteantes da amada Marquesa de Santos. Nem o nosso intelectual FHC, em pleno exercício da presidência da república, escapou de uma frenética paixão além dos aposentos de sua venerável esposa d. Ruth. Agora, como se não bastasse o inferno vivido pelo PT, respinga na áurea do São Lula, bem ao estilo máfia italiana, uma trama secreta que envolve tráfico de influência, mais dinheiro sujo e uma íntima secretária da mais irrestrita confiança do rei. No seu tempo, Santo Agostinho do alto de sua sapiência afirmara: “Nada é tão poderoso para enfraquecer o espírito de um homem, quanto os carinhos de uma mulher”. E agora, quanto custará o silêncio da amante?