O 5º
Relatório Nacional sobre os Direitos Humanos, organizado pelo Núcleo de Estudos
da Violência da Universidade de São Paulo (NEV/USP), lançado ontem, revelou
que, de segunda região com menor taxa de homicídios a cada 100 mil habitantes
em 2000, atrás apenas do Sul, a região Norte se tornou em dez anos o lugar onde
mais se mata no Brasil. O Norte saiu de 18,5 homicídios em 2000 para 33,8 a
cada 100 mil em 2009, um crescimento de 82,3%. Já a região Sudeste, que
registrava um índice de 36,6 em 2000 se tornou a região com menor taxa de
mortalidade por homicídio (TMH), com 21,8 mortes a cada 100 mil habitantes, uma
queda de 40,4%. Pará e São Paulo foram os protagonistas nas mudanças de
posição, constatadas em texto assinado pelas pesquisadoras Edinilsa Ramos de
Souza (Fundação Oswaldo Cruz), Adalgisa Peixoto Ribeiro (Escola Nacional de
Saúde Pública) e Fabiana Castelo Valadares, do Centro Latino Americano de
Estudos da Violência e Saúde. No Pará, a taxa subiu de 13,6 para 38,6, um aumento
de 183,8% que levou o Estado de 21º para 4º com maior taxa de homicídios. São
Paulo foi no rumo oposto: sua TMH era de 39,8 em 2000 e passou a 15,0 em 2009 -
ressalve-se que os dados apresentados vão até 2009 e de lá para cá esses
índices já mudaram em alguns casos. São Paulo deve fechar o ano com taxa de
aproximadamente 10 homicídios a cada 100 mil habitantes. O Estado cujo índice
teve uma piora mais acentuada foi a Bahia, que saltou de 9,6 para 35 homicídios
a cada 100 mil (+ 264,5%).
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