Há no circulo da imprensa, um termo denominado de
“Jabá”, que se refere ao preço do que se fala e escreve sobre pessoas,
acontecimentos e instituições. Alguns recebem dinheiro (Jabá), para falar, ou
escrever bem, ou mal, de alguém. Quem recebe o Jabá, acaba sendo pago por um preço
muito acima do que vale, ainda que este valor seja de algumas poucas dezenas de
reais. E quem paga o Jabá, o faz por absoluto malcaterismo e vigarice. É gente
que não tem coragem de manifestar suas próprias opiniões e acaba recorrendo aos
malandros da imprensa, para realizar esta tarefa mesquinha e vigarista. Jabá é
um recurso que funciona como um “caixa dois”, pois significa dinheiro que não
entra na contabilidade oficial do veículo de imprensa. Vai direto para o bolso
do sujeito. E não falta quem o queira. Embora seja pertinente ressaltar, que
profissionais assim, existem em todas as categorias. Dimensionar sua quantidade
é irrelevante. Mas são todos facilmente reconhecíveis. Alguns ousam elogiar
hoje, quem criticava num passado recente. E vice-versa. E faz isso, sem a menor
desfaçatez de que o dinheiro sujo o fez mudar de opinião. Ganha dinheiro, mas
perde o maior patrimônio de um comunicador, que é a credibilidade. Jabazeiro
não tem prestígio e nem se sustenta através da liderança. Não forma opinião.
Deturpa a função da imprensa e não consegue enganar nem a quem lhe trata como
mercadoria. Quem paga Jabá, se satisfaz em manipular pessoas estúpidas e cujo
preço é o descrédito e á falência moral e ética. Jabá é a moeda dos covardes e
de quem não tem a mínima consciência do que afirmou o Barão de Itararé: “O
homem que se vende recebe sempre mais do que vale”.
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