São boas as perspectivas do fluxo
turístico em Ilhéus para a temporada que se aproxima. O trabalho realizado nos
últimos anos entre as entidades do setor e as secretarias municipais pode
proporcionar o retorno dos turistas, atraídos pelas ofertas da rede hoteleira da
cidade e seus atrativos naturais. Vindos pelo oceano, espera-se cerca de 20 mil
rápidos visitantes que desembarcarão de navios vindos de diversas partes do
mundo; são os chamados “turistas das poucas horas” sem tempo de consumir como
esperam os artesãos, taxistas, hotéis, restaurantes e o comércio. Mas, nem tudo é um mar de rosas. A campanha de captação do cobiçado mercado nacional
fascina pelas fotos, festas e praias. Convencidos de que o paraíso realmente
existe, os turistas acabam direcionados para o destino ilheense. Ilhéus recebe
boa parte do turista, principalmente, de Minas Gerais, Góias e Distrito Federal.
O sonho, porém, pode não ser duradouro porque esse
público de visitantes não aceitam esgotos a céu aberto; proliferação de mendigos;
não aceita falta de lixeiras nas vias públicas e praias; não concebe
insegurança. Tempos atrás, numa reunião do governo com o trade, foi solicitado
dos empresários três prioridades para alavancar o desenvolvimento do turismo em
Ilhéus e a resposta foi unânime: saneamento, saneamento e saneamento.
Os anos passaram e os problemas se arrastam. O
grande crescimento habitacional e comercial da região vai transformando o
trânsito num caos. A urbanização, a melhoria da malha viária,
asfaltamento de ruas e ampliação de ciclovias prometidas pelo prefeito atual, Newton
Lima (PT), não passaram de promessas. As praias estão sujas, inseguras,
caras, fétidas... Ilhéus, para evoluir como
destino turístico, precisa seduzir pelo olhar, olfato e paladar.
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