É um problema nacional o caos no trânsito das cidades chamadas de “porte médio”. Seja nas megalópoles,
seja nos centros medianos, como Itabuna, o volume de veículos transborda pelas
ruas (e calçadas, nalguns casos). Segundo informações divulgadas pelo
Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a frota duplicou em apenas uma
década. E nenhuma cidade
cresceu razoavelmente em seus sistemas viários. O resultado não poderia ser
outro: caos para além e aquém do chamado horário do pico. A hora do rush,
agora, é toda hora. Itabuna é um exemplo clássico dessa fórmula do insucesso
viário. Apesar do esforço da prefeitura, as vias abertas não foram suficientes
para dar vazão aos novos veículos
circulantes. Destaque-se que a principal (única) obra digna de ser chamada de
estratégica nessa seara, a reurbanização da avenida Amélia Amado, praticamente patina
no papel e não ultrapassa a denominação de “projeto” inacabado desde que foi
concebida há 3 anos. Em contraposição à fluidez com que as fábricas
despejam novos veículos nas ruas, essas mesmas ruas são mantidas em suas
dimensões originais, estáticas, como se estivessem tombadas pelo patrimônio
histórico. O problema não se reduz ao perimetro urbano de Itabuna. E as novas
vias, ao serem abertas, demoram-se por tempos a perder de vista. Este foi o
caso da duplicação do (pequeno) trecho rodoviário entre Itabuna e Ilhéus (BR
415), cuja velocidade média do começo de conversa para o início da obra deve ter ficado na casa dos
cinco centimetros por ano. Não se trata de crer como única consigna a
surrada máxima “governar é abrir estradas”, mas construir vias de tráfego é uma
missão crucial dos governantes. O que fazer? Impedir a população (especialmente
os segmentos emergentes) de comprar automóveis? Ou preparar Itabuna para a
convivência pacífica com esses índices de crescimento?
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