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10 de novembro de 2012

O TRÂNSITO DE ITABUNA NÃO PODE PERMANECER UM INFERNO


É um problema nacional o caos no trânsito das cidades chamadas de “porte médio”. Seja nas megalópoles, seja nos centros medianos, como Itabuna, o volume de veículos transborda pelas ruas (e calçadas, nalguns casos). Segundo informações divulgadas pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a frota duplicou em apenas uma década. E nenhuma cidade cresceu razoavelmente em seus sistemas viários. O resultado não poderia ser outro: caos para além e aquém do chamado horário do pico. A hora do rush, agora, é toda hora. Itabuna é um exemplo clássico dessa fórmula do insucesso viário. Apesar do esforço da prefeitura, as vias abertas não foram suficientes para dar vazão aos novos veículos circulantes. Destaque-se que a principal (única) obra digna de ser chamada de estratégica nessa seara, a reurbanização da avenida Amélia Amado, praticamente patina no papel e não ultrapassa a denominação de “projeto” inacabado desde que foi concebida há 3 anos. Em contraposição à fluidez com que as fábricas despejam novos veículos nas ruas, essas mesmas ruas são mantidas em suas dimensões originais, estáticas, como se estivessem tombadas pelo patrimônio histórico. O problema não se reduz ao perimetro urbano de Itabuna. E as novas vias, ao serem abertas, demoram-se por tempos a perder de vista. Este foi o caso da duplicação do (pequeno) trecho rodoviário entre Itabuna e Ilhéus (BR 415), cuja velocidade média do começo de conversa para o início da obra deve ter ficado na casa dos cinco centimetros por ano. Não se trata de crer como única consigna a surrada máxima “governar é abrir estradas”, mas construir vias de tráfego é uma missão crucial dos governantes. O que fazer? Impedir a população (especialmente os segmentos emergentes) de comprar automóveis? Ou preparar Itabuna para a convivência pacífica com esses índices de crescimento?

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