Nas preparações para o XXIII Cursilho
Misto da Diocese de Itabuna, ocorrido entre os dias 26 a 28/10, muito
refletimos sobre o texto do evangelho de hoje, o encontro de um cego com Jesus
na cidade de Jericó, onde a fé demonstrada pelo cego, chamado Bartimeu,
leva Jesus a curá-lo, mais que isso a libertá-lo. Apesar das tantas
reflexões que fizemos, o comentário que acompanha o evangelho de hoje
apresenta-nos outros aspectos, dentre eles aquele que nos convida a aprender a
lição de Bartimeu e não deixar Jesus passar ao largo de nós, sem suplicar-lhe: Jesus,
filho de Davi, tenha piedade de mim! MEDITANDO O EVANGELHO DE HOJE - Dia Litúrgico:
Segunda-feira da 33ª semana do Tempo Comum. Evangelho (Lc 18,35-43): Naquele
tempo, quando Jesus se aproximou de Jericó, um cego estava sentado à beira do
caminho, pedindo esmola. Ouvindo a multidão passar, perguntou o que estava
acontecendo. Disseram-lhe: “Jesus Nazareno está passando”. O cego então gritou:
“Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!” As pessoas que iam na frente
mandavam que ele ficasse calado. Mas ele gritava mais ainda: “Filho de Davi,
tem compaixão de mim!” Jesus parou e mandou que lhe trouxessem o cego. Quando
ele chegou perto, Jesus perguntou: “Que queres que eu te faça?” O cego respondeu:
“Senhor, que eu veja”. Jesus disse: “Vê! A tua fé te salvou”. No mesmo
instante, o cego começou a enxergar de novo e foi seguindo Jesus, glorificando
a Deus. Vendo isso, todo o povo deu glória a Deus”. COMENTÁRIO: Rev. D. Antoni
CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha) A TUA FÉ TE SALVOU
- Hoje o cego Bartimeu (cf. Mc 10,46) dá-nos toda uma lição de fé, manifestada
com franca simplicidade perante Cristo. Quantas vezes nos seria útil repetir a
mesma exclamação de Bartimeu!: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!”
(Lc 18,37). É tão proveitoso para a nossa alma sentir-nos indigentes! O fato é
que o somos, mas, infelizmente, poucas vezes o reconhecemos de verdade. E...,
claro está: fazemos o ridículo. São Paulo adverte-nos: “Que tens que não tenhas
recebido? Mas, se recebeste tudo que tens, por que, então, te glorias, como se
não o tivesses recebido?” (1Cor 4,7). Bartimeu não tem vergonha de se sentir
assim. Em não poucas ocasiões, a sociedade, a cultura do politicamente correto
querem fazer-nos calar: com Bartimeu não o conseguiram. Ele não se encolheu.
Apesar de o «mandarem ficar calado, (...) ele gritava mais ainda: Filho de
Davi, tem compaixão de mim!” (Lc 18,39). Que maravilha! Apetece dizer: — Obrigado,
Bartimeu, por esse exemplo. E vale a pena fazê-lo como ele, porque Jesus ouve.
E ouve sempre!, Por mais confusão que alguns organizem à nossa roda. A
confiança simples -sem preconceitos- de Bartimeu desarma Jesus e rouba-lhe o
coração: «Mandou que lhe trouxessem o cego e (...) perguntou-lhe: “Que queres
que eu te faça?” (Lc 18,40-41). Perante tanta fé, Jesus não anda com rodeios! E
Bartimeu também não: "Senhor, que eu veja!”. (Lc 18,41). Dito e feito: “Vê! A
tua fé te salvou” (Lc 18,42). Assim, pois, — a fé, se é forte, defende toda a
casa — (Santo Ambrósio), quer dizer, tudo pode. Ele é tudo; Ele dá-nos tudo.
Então, que outra coisa podemos fazer perante Ele, se não lhe dar uma resposta
de fé? E esta resposta de fé equivale a deixar-se encontrar por este Deus que —
movido pelo afeto de Pai — nos procura sempre. Deus não se impõe, mas passa
frequentemente muito perto de nós: aprendamos a lição de Bartimeu e ... Não o
deixemos passar ao largo! (Rita de Cassia Arcanjo
dos Santos).
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