Um estudo divulgado recentemente,
realizado ao longo de 14 anos pelo Institute of Epidemiology and Social
Medicine na University Medicine Greifswald, na Alemanha, mostra que os homens
dependentes de álcool têm duas vezes mais chances de morrer do que pessoas da
mesma idade que não bebem em excesso. Entre as mulheres, as taxas de
mortalidade são 4,6 vezes maiores do que aquelas que não consomem bebidas
alcoólicas. Para realizar a análise, os pesquisadores estudaram 4 mil pessoas
com idades entre 18 e 64 anos, dos quais 153 foram identificados como
dependentes do álcool. Destes, 149, sendo 119 homens e 30 mulheres. O estudo
revela que os alcoólicos morrem 20 anos mais cedo, em média, do que a população
geral. Segundo a pesquisa, as mulheres tendem a reagir mais a toxinas, como o
álcool, do que os homens. Elas também parecem desenvolver doenças ligadas à
dependência mais rapidamente. De acordo com a médica psiquiatra Fabiana Nery, a
pesquisa realizada pelos alemães aponta dados importantes, porém, para ser mais
consistente, deveria ser reaplicada em populações de outras culturas. No
entanto, a especialista ressalta que o uso do álcool ingerido em grande
quantidade ou associado à medicação pode causar intoxicação letal. Segundo
Nery, o álcool está relacionado a diversas doenças hepáticas como a cirrose,
câncer de pâncreas, esôfago, além de lesões neurológicas. Ela ressalta ainda
que uma pessoa que tem problemas de saúde como diabetes, problema de pressão
arterial, entre outras, que faz uso abusivo do álcool, terá uma pior evolução
da sua doença. A psiquiatra aconselha que caso o uso do álcool comece a
interferir no trabalho, na família e no comportamento de qualquer ser humano,
este deve procurar um especialista. O alcoolismo, tratado adequadamente, pode
ter cura. (Leidiane Brandão).
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