Não há dúvida
de que o ex-presidente Lula foi o mentor da compra de parlamentares, expediente
que ficou conhecido como “mensalão”. Com ou sem aspas, dependendo das paixões
políticas pessoais, o esquema funcionou azeitado por dinheiro público até que
alguém abriu o bico mostrando o momento em que um funcionário dos Correios
recebia uma babinha. Surgia o falastrão Roberto Jefferson, que entregaria todo
o funcionamento dando nome aos bois, com inegável conhecimento de causa. Como
pedras de um dominó, foram caindo figuras carimbadas, freando de súbito no
ministro José Dirceu, o “número 2” da nova república popular socialista
brasileira. Verdadeira tragédia. Gente como Genoino, João Paulo, Silvinho
(“Land Rover”) e Delúbio, além do próprio Dirceu, na contramão das evidências,
insistiam que seu partido “não roubava nem deixava roubar”. A culpa era da
imprensa revanchista, golpista e rancorosa. E tome deputado a renunciar ao
cargo para não ser cassado. Na crista, um sinistro ex-careca, de nome Valério,
roubaria a cena. Até o publicitário Duda Mendonça tirava suas casquinhas. Uma
festa democrática com a cara e a digital do PT. Lula tremeu. Apareceu humilde,
pálido e com cara de santo pedindo desculpas ao brasileiro. Queixava-se de
traição. Nunca soube de nada. Um anjinho barroco em meio de víboras. Não cairia
por pura incompetência da oposição. Enquanto essa gente nadava (e continuou
nadando) em ouro suspeito, a equipe brasileira de ginastas passa vergonha em
Londres, grotescamente, em sucessivas quedas de bunda, depois de manjadas
piruetinhas. O natural nervosismo mistura-se à insuficiente preparação, à falta
de renovação do plantel. Nossas apostas estavam nos artríticos Hipólitos e
Daiane dos Santos. É de causar dó o sofrimento dessas criaturas. Daqui a pouco
esses gloriosos atletas estarão competindo de bengala ou cadeira de rodas. Que
ninguém se engane, isso aí é a síntese da educação capenga do País. Do “nóis é
feliz”. Diferentemente da bisonha campanha em Londres, imediatamente punida
pela ausência de medalhas, nossos pilantras mensaleiros estão longe de
maldições. É que as nomeações para os altos cargos teriam preço e prazo. É
justo. Finalmente, a gratidão é um dos sentimentos mais nobres do ser humano. É
chegada a hora da cobrança. Basta observar nestas eleições, quem são os
candidatos apoiados pela quadrilha do mensalão.
AMIGO VAL CABRAL, ISSO JÁ ESTÁ ACONTECENDO AQUI EM ITABUNA... POR CONTA DA REJEIÇÃO AO PT, O POVO DE ITABUNA VAI REELEGER AZEVEDO E ELEGER VC PARA VEREADOR. JULIANO BASTOS
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