Quando se insiste que esta é uma campanha eleitoral específica para eleger os prefeitos e vereadores dos municípios é justamente para não correr o risco de ser contaminada com outras questões que não estão em pauta, como opções religiosas ou de sexo. Apesar dessa insistência, alguns partidos e candidatos por irresponsabilidade e má fé vêm tentando contaminar esse período que a legislação faculta, usando o espaço da propaganda no rádio e televisão com essas questões inoportunas. O que se viu, por exemplo, em um desses programas em que aparece um evangélico pregando sobre o aborto e o homossexualismo é um despropósito, um disparate. O que tem a ver um discurso preconceituoso e homofóbico com os problemas do município, como o calçamento de ruas, a coleta de lixo, o saneamento básico, o transporte coletivo e outros? Na verdade, o que se vem observando é que, por esperteza e má fé, cada vez mais a política e as instituições vêm sendo contaminadas por essas concepções religiosas funda-mentalistas com consequências perversas para a sociedade. Sobre este aspecto, sim, a Justiça Eleitoral, deveria ser mais atenta e rigorosa para coibir esses desvios e abusos. Não se trata de liberdade de crença ou de expressão. Ao contrário, são flagrantes violações ao princípio constitucional do estado laico e tentativas de ludibriar a boa fé da sociedade e isso é crime.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente no blog do Val Cabral.