A paralisação dos médicos da rede pública estadual da Bahia exige uma série de reflexões. A primeira e mais imediata trata do direito a que todo profissional tem de querer ser melhor remunerado pelos serviços que presta. Ao se sentir desvalorizada, a classe tem respaldo legal de reivindicar melhorias na remuneração. Calcula-se que a paralisação atinja quase a totalidade dos usuários dos serviços de saúde em toda Bahia. Como em toda paralisação de categorias profissionais, o movimento traz transtornos. Estima-se que todos médicos deixaram de atender nos consultórios e hospitais públicos. Mas, ao menos até agora, não se teve registros de maiores problemas além dos já esperados. O segundo aspecto a ser destacado diz respeito a uma especificidade do interior da Bahia. Por aqui, raros são os médicos que atendem exclusivamente na rede pública. Aliás, é importante que se frise uma situação rotineira: no sistema público de saúde, esperar para ser atendido, de forma quase desrespeitosa, é uma sina. Sem greve a situação já é de bastante dificuldade no atendimento. Com a greve, postos médicos e hospitais ficam sem médicos e as conseqüências penalizam mais ainda os pacientes, que impacientes, acabam ficando sem ter com quem contar. É comum o paciente esperar uma tarde inteira por uma consulta de breves minutos. Para quem possui recursos para pagar por procedimentos médicos, a situação é menos preocupante. Há uma vantagem na rede privada: o cliente/paciente pode nunca mais retornar, um privilégio que o usuário do Sistema Único de Saúde não tem.
Greves são coisas do homem. Cura é dádiva de Deis. Deus criador de tudo que existe deixou a ciência para suprir as necessidades humanas... nisso os médicos terrenos de todas as áreas. Deus não tem que curar ou fazer milagres por pessoas seletas... claro que temos o nosso momento de desencarne e se não for o nosso tempo Deus pode sim interferir.
ResponderExcluirJoselito Brito
Essas greves de médicos só revelam aquilo que já eiste sem greve: eles nunca aparecem nos postos médicos e quando vão, só ficam uns poucos minutos e saem correndo, sem atender a todos os pacinetes.
ResponderExcluirCom greve ou sem greve, a situação da saúde é muito grave neste país.
Hildete Gomes