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Natal Itabuna

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Trief

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21 de março de 2012

POLÍTICOS EM DESCRÉTIDO

O descrédito do eleitorado brasileiro em relação à classe política desceu a um nível tão baixo que as eleições de 2012 já estão sendo vistas como mais um teste para a nossa democracia. A frieza dos eleitores – os das capitais e das pequenas cidades, principalmente – é palpável e motivo de preocupação dos candidatos, que temem uma enxurrada de votos brancos e nulos. Até mesmo políticos tradicionais, tidos como “bons de votos” estão sentindo a indiferença de seus eleitores. A desilusão do eleitorado com os políticos é justificado até um certo ponto, e se deve, em parte, as crises que abalam a nação: a crise moral e, agora, o envolvimento de vereadores de Itabuna, acusados de envolvimento em corrupção.A opinião pública – particularmente a faixa menos informada e politizada – atribui grande parte dessas crises aos políticos, indistintamente, nivelando-os por baixo.É verdade que os maus políticos espalhados por todo o Brasil têm sido os grandes responsáveis por esse descrédito.Políticos que impunemente se confessam corruptos, sonegadores, lobistas etc e freqüentam noticiário policial dos jornais não são, certamente, exemplos de homens públicos e nem estimulam o eleitor a comparecer às urnas. Apesar de tudo isso, a generalização é injusta.Temos que acreditar que ainda existem muitos homens e mulheres bem intencionados na política brasileira, alguns começando agora pelo caminho da veerança. E é justamente pelo voto e não pela omissão, como pregam muitos dos desiludidos – que os maus políticos serão expurgados da vida pública. Estamos a sete meses das eleições.Há tempo para que os eleitores que pretendem se abster ou anular seu voto se conscientizem da gravidade de outra opção que não seja a do voto direto, claro, limpo – representativo do direito de votar que a Constituição lhe assegura.Fora disso, o eleitor faltoso estará abdicando do seu direito de reclamar e do seu direito de ter direitos. Com a oportunidade da reeleição nos dada através da Legislação, cria-se a oportunidade da manutenção, dos administradores que de fato bem administram o patrimônio público, que tem compromisso com sua comunidade, em fim que sabem gerir o dinheiro do povo em seu próprio benefício, e excluir de vez àqueles que abusam da confiança recebida para em causa própria, aumentando a miséria e as desigualdades sociais. (Paulo Caminha - Doutor em jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Jornalista profissional desde 1975, já trabalhou em praticamente todos os principais veículos da imprensa brasileira - jornais, revistas e redes de TV. No momento é editor deste Blog e jornalista correspondente).

4 comentários:

  1. JÁ CAIRAM EM DESCREDITO HÁ MUITO TEMPO. ESTÃO É COM MEDO DE PEREREM ESSA BOQUINHA. AINDA TEM SENADOR QUE DIZ QUE "POLITICO NO BRASIL GANHA POUCO". É MOLE UM NEGOCIO DESSES?
    MANDA ESSE ELEMENTO SER POLITICO EM UM DESSES PAISES DESENVOLVIDOS, ONDE O POLITICO NÃO RECEBE NEHUMA REMINERAÇÃO, PORÉM BRIGA ACIRRADAMENTE PRA SE ELEGER. APENAS TEM QUE TER FICHA LIMPINHA. IMPOSSIVEL PARA QUALQUER POLITICO DAQUI. SEQUER CONSEGUIRIAM SE CANDIDATAR. ENQUANTO AQUI NO BRASIL PODE TUDO. ATÉ MATAR. ROUBAR É REGRA.

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  2. Não conheço nenhum político que seja digno da minha credibilidade.
    Todos são bandidos e mentirosos.
    Mário Viana dos Santos

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  3. Amigo Val Cabral, é necessário que a sociedade fique atenta à movimentação dos parlamentares e prefeitos e avalie de forma criteriosa o trabalho de cada um. Os que não tiverem correspondido às expectativas do cidadão, devem ter seus nomes excluídos de uma vez por todas de qualquer intenção de voto do povo. José Carlos Bastos de Souza

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  4. Prezado amigo Val Cabral

    Sempre existiu roubalheira na política mas parece que nos últimos anos a roubalheira e impunidade estão aumentando.
    Infelizmente a maioria entra na política para melhorar a sua vida e a da sua turminha; a minoria bem intencionada acaba entrando no jogo porque senão não consegue continuar.
    Esses caras que deviam trabalhar para o povo acabam explorando o povo e ainda o povo reelege eles mais tarde, veja o caso do Geraldo Simões.
    Para eles é uma beleza porque legislam em seu próprio favor e reajustam seus gordos salários, sem contar com as mordomias, quando bem entendem.
    É... realmente lamentável, e assim caminha a humanidade...

    Paulo do Pontalzinho
    paupont@bol.com.br

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