Prestes a se desincompatibilizar da Secretaria Municipal de Saúde e retornar para a Câmara de Vereadores, o secretário Gilberto José (PDT) admitiu ontem, em entrevista à Tribuna, que o titular da Saúde Estadual, Jorge Solla (PT), atrapalhou a gestão da pasta no município. Embora afirme que não houve “boicote”, o auxiliar da equipe do prefeito João Henrique (PP) disse que, ao longo do tempo em que ocupou o comando da Secretaria, o Estado “criou muito mais dificuldades do que ajudou” a cidade nessa área. “Eles poderiam ter sido mais parceiros e nos ajudado mais. Não conseguiram separar as competências do município e do Estado e por fim quiseram tomar serviços do município”, acusou. Ao longo de sua atuação na Saúde, Gilberto José teve divergências com Solla, sendo o ápice dos conflitos, a discussão sobre a proposta de gestão compartilhada, em contraponto com a gestão plena, defendida pelo município. Conforme o secretário, os desentendimentos com o governo estadual teriam sido o grande impasse de sua administração. Apesar das dificuldades colocadas, ele também fez um balanço positivo de sua passagem pelo Executivo. “Deixo a Secretaria com uma perspectiva de crescimento que nunca houve anteriormente. Nunca Salvador esteve em uma situação nessa área tão privilegiada como está no momento”, enfatizou. Ele relembrou que a medida de transferência para a gestão estadual dos recursos enviados pelo Ministério da Saúde para algumas unidades hospitalares públicas estaduais, federais e filantrópicas não contribuiu para melhorar o setor e Salvador continua deficitário. “O Estado está recebendo o dinheiro e Salvador continua com o mesmo déficit”, disse. Na época, Solla teria prometido ajudar a sanar o déficit mensal de R$ 6 milhões nos hospitais e postos da cidade. “Esperávamos que o Estado ajudasse na recomposição do teto e isso não aconteceu. No entanto, o que posso dizer é que naquilo que concerne aos recursos oriundos do município nós conseguimos equilibrar as contas. Quitamos um débito de R$157 milhões de 2010 e em 2011 encerramos com as finanças também equilibradas”, acrescentou. Mesmo com os obstáculos, ele disse que “não se arrepende” de ter deixado a Câmara para assumir a pasta municipal. “Não ficam mágoas, mas apenas a frustração de um político que veio para a Saúde e que se confrontou com pessoas fazendo política partidária”, alfinetou. Gilberto José sai da gestão esta semana e toma posse na Câmara na próxima segunda-feira. “Hoje conheço a Saúde por dentro e com isso buscarei contribuir mais ainda no parlamento”, afirmou. O vereador deve concorrer a uma vaga nas eleições de outubro. Entre as realizações de sua gestão, ele citou a elaboração do plano de requalificação das unidades de saúde, o planejamento de crescimento da rede, a recuperação de 58 postos que hoje têm atendimento, através de uma parceria com as universidades, a aprovação de todas as emendas parlamentares, com valor de R$3,6 milhões e aproveitamento de 100%, a inauguração de novas Upas e a recuperação de PSFs. Amanhã será inaugurado o maior PSF de Salvador, no Alto da Cachoeirinha, no Cabula VI. (Lílian Machado - www.tribunadabahia.com.br).
Esse Solla só serve para atrapalhar a saúde pública na Bahia.
ResponderExcluirEle é um péssimo secretário e seu chefe é tão mediocre quanto ele.
Os dois não valem absolutamente nada para quem necessita de bons serviços na saúde pública.
Joselito Brito
Não é a toa que a gestão tá tão ruim!!!
ResponderExcluirEsses caras só fazem atrapalhar!
Célia Duarte Dantas