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19 de março de 2012

AUXÍLIO-DOENÇA PARA TRANSTORNO MENTAL POR CONSUMO DE DROGAS CRESCE 68,3% BA BAHIA

Aos 18 anos, João* conseguiu o primeiro emprego de carteira assinada, como armador de andaime. Ganhava R$ 900. “No começo, comprava roupa e tênis de marca. Depois, comecei a gastar tudo com crack”, conta. Seis anos se passaram. O jovem perdeu o emprego, adotou a rua como moradia e hoje tenta se recuperar no Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas Gregório de Matos (Caps-AD), que funciona na Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, no Terreiro de Jesus. Experiências desastrosas com as drogas já são conhecidas. A novidade é que elas têm refletido nas estatísticas previdenciárias na Bahia e no País. Levantamento realizado este ano pelo Ministério da Previdência Social revela que, no Estado, os afastamentos de trabalhadores por transtornos mentais diretamente relacionadas ao uso de drogas subiram 68,3%, de 268, em 2009, para 451, no ano passado. O cenário baiano acompanha um fenômeno constatado no Brasil, embora este seja proporcionalmente menor. No mesmo período, o total dos auxílios-doenças no País saiu de 32.636 para 41.845, um aumento de 28,2%. Fenômeno novo - O chefe dos médicos-peritos do INSS em Salvador, João Eduardo Pereira, considera o aumento dos benefícios um “fenômeno novo, que está sendo detectado agora”. Por isso, informou, o INSS ainda está se debruçando na análise mais detalhada dos dados. “Por enquanto, temos apenas suposições. Mas com a divulgação, inclusive pela imprensa, deste problema social, as pessoas estão procurando mais a Previdência, pela melhor clareza da existência do atendimento. Em paralelo, o acesso ao tratamento das doenças melhorou”, afirmou João Eduardo. O perito comparou dados de benefícios concedidos em estados do Nordeste e nas regiões Sul e Sudeste. Enquanto, por exemplo, no Paraná e Minas Gerais, nos últimos três anos, os números de auxílios- -doenças relacionados ao uso de drogas foram, respectivamente, de 9.175 e 14.316, em Pernambuco essa contagem foi de 667 benefícios. “Acredito que eles (Sul e Sudeste) estão mais à frente que a gente em termos de acolhimento, já que não é possível que nosso perfil epidemiológico seja tão diferente do deles. Mas vemos que não é um problema só da Bahia, mas do Nordeste como um todo”, avaliou o perito. Quando se compara com o total de auxílios-doenças na Bahia, consideradas todas as patologias catalogadas no Códio Internacional de Doenças (CID), percebe-se que as enfermidades provocadas pela drogas são percentualmente pouco representativas. Em todo o Estado, foram 324,9 mil benefícios concedidos pelo INSS, contra os 1.706 (0,3%) daqueles gerados diretamente por conta das doenças ligadas ao uso de drogas. * nomes fictícios (George Brito, Lúcio Távora – A Tarde).

2 comentários:

  1. Adorei a ilustração desta postagem.
    Não é a toa que acesso diariamente este seu blog.
    Ninguém melhor que Jaques Wagner, para simbolizar os pinguços e os malucos da Bahia.
    Reginaldo Cerqueira

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  2. Amigo Val Cabral, é necessário que a sociedade fique atenta à movimentação dos parlamentares e prefeitos e avalie de forma criteriosa o trabalho de cada um. Os que não tiverem correspondido às expectativas do cidadão, devem ter seus nomes excluídos de uma vez por todas de qualquer intenção de voto do povo. José Carlos Bastos de Souza

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