O ministro Mário Negromonte (PP) tratou de informar ontem que a demissão do chefe de Gabinete do Ministério das Cidades, Cássio Ramos Peixoto, foi feita pela ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, após solicitação encaminhada por ele. Isso, segundo o próprio ministro, devido o chefe de Gabinete ser lotado num cargo DAS-5, o que obriga a Casa Civil fazer a exoneração, como acontece em todas as pastas. “Por isso que a demissão teve que ser formalizada pela ministra”, afirmou, negando interferência do Planalto na sua área. A justificativa de Negromonte é que o Cássio Peixoto, que é baiano, estava desmotivado no cargo. “Ele sempre foi um funcionário competente, exemplar”, disse o progressista, garantindo ter acontecido uma “mudança técnica”. Cássio Peixoto, que no dia 9 de agosto teria recebido em seu gabinete o empresário Luiz Carlos Garcia, da Poliedro Informática, e o lobista Mauro César dos Santos, explicou o motivo da ‘desmotivação’ que o fez deixar o cargo. Para ele, a acusação foi decisiva para sua saída. “Não quero entrar em detalhes, mas os órgãos controladores estão apurando, atentos a todas as suspeitas. Me sinto tranquilo. Tenho certeza que nada contra a gestão atual será provado”. E completou: “decidi voltar para ter paz com a minha família. Aprendi muito nesse desafio de gestão pública. Isso tudo foi positivo por um lado, mas negativo por outro. Até porque, as ilações que ocorreram me feriram muito”. O ministro Mário Negromonte aproveitou para falar da denuncia de que teria se reunido com o empresário da Poliedro Informática na casa do deputado João Pizzolatti (PP-SC). Ele disse que a acusação era “vazia” e não tinha fundamento. Até porque, “não houve licitação para área de informática, que está em fase de estudos jurídicos”. Para ele, “tudo isso são ilações, fruto de pressão política”. Questionado se a crise dentro do próprio PP seria o motivo, Negromonte revelou que a situação na sigla “agora está pacificada”, mas que tem sofrido pressão por parte de setores da imprensa, apesar de nunca ter sido encontrado nada contra ele. Além disso, nos últimos dois meses o Cássio Peixoto, que era funcionário de confiança de Negromonte, teve seu nome envolvido em outras denúncias de supostas irregularidades na pasta. A mais grave foi revelada pelo “Estadão”, em novembro. Ele teria determinado a alteração de uma nota técnica produzida pela pasta sobre a realização de projeto de mobilidade urbana em Cuiába (MT). Na oportunidade, o próprio ministro viu-se bombardeado por acusações de que o caso configurava fraude e de que havia sido o responsável em alterar o projeto. Ele negou as irregularidades, mas disse que a denúncia seria investigada em âmbito administrativo. Apesar de criticar a gestão de Negromonte no ministério, o Planalto saiu em defesa do ministro nos bastidores. Interlocutores do governo informaram que a mudança no projeto de Cuiabá foi feita em comum acordo com a Casa Civil e o governo do Mato Grosso. (Osvaldo Lyra).
Não entendi! Mas acho que esse cidadão não passa de um "boi de piranha", que foi sacrificado para que o Ministro não seja degolado! Luiz Alberto Bastos de Souza
ResponderExcluirAssessores?
ResponderExcluirOs bagrinhos?
Porque a Dilma ainda não chamou o “tubarão” na chincha?
Tadeu Vieira
Val Cabral, atrás desse “monte” deve haver uma montanha de cambalachos, pra ficar no mínimo! Brasil, país rico é país sem roubalheira!
ResponderExcluirOlha o Mário caindo... quem vai segurar a Dilma?
ResponderExcluirDaniel M. Araújo
Quantos dias Mário Negromonte vai aguentar, agora ele vira alvo, e todo mundo abandona o barco, este filme agente ja viu, corrupto não tem explicacão..... Antonio Andrade
ResponderExcluir"Quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em autossacrifício, a sociedade está condenada" (Ayn Rand). Parece que a filósofa russo-americana se referia ao Brasil de hoje. Francisco José Sidoti
ResponderExcluirNo Brasil qualquer produto adquirido tem quase metade do seu preço cobrado por impostos, produtos importados chegam a ser o dobro do preço original por impostos de importação, etc. Tiramos dinheiro dos nossos bolsos e o entregamos de mãos beijadas para os governantes que nos prometem educação, segurança e um país de qualidade e o que mais vemos é verba ser desviada pelos mesmos que fazem tais promessas! Creio que se o governo realmente investisse em prioridades a segurança e a lei teriam mais impacto e não haveria tanta impunidade como há nos dias de hoje!
ResponderExcluirAntonio Andrade