Demorou, mas aconteceu. Nem tudo é corporativismo e corrupção na Justiça brasileira. Ainda há magistrados que se envergonham com a situação a que se chegou e estão apoiando a ministra Eliana Calmon, corregedora do Conselho Nacional de Justiça, em sua cruzada para moralizar o Judiciário, um dos poderes mais apodrecidos da República. É salutar saber que um grupo de juízes federais está coletando assinaturas para um manifesto público condenando as críticas feitas pela Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) à atuação da corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon. "Entendemos que a agressividade das notas públicas da Ajufe não retrata o sentimento da magistatura federal. Em princípio, os juízes federais não são contrários a investigações, promovidas pela corregedora. Se eventual abuso investigatório ocorrer é questão a ser analisada concretamente", afirma o manifesto, para realçar que "não soa razoável, de plano, impedir a atuação de controle da corregedoria". Como agora é moda, a ideia do manifesto surgiu na internet, em meio a uma discussão entre magistrados federais. Foi proposta pelo juiz Rogério Polezze, de São Paulo e ganhou força após a manifestação do juiz Sergio Moro, do Paraná, especializado em casos de lavagem de dinheiro, não convencido de que houve quebra de sigilo de 200 mil juízes. "Não estou de acordo com as ações propostas no STF nem com as desastradas declarações e notas na imprensa", disse Moro. "É duro como associado fazer parte dos ataques contra a ministra." "Não me sinto representado pela Ajufe, apesar de filiado", afirmou o juiz federal Jeferson Schneider, do Paraná, em mensagem na lista de discussão dos juízes. Marcello Enes Figueira disse que "assinava em baixo do que afirmou o colega Sergio Moro". O juiz federal Odilon de Oliveira, de Campo Grande (MS), também aderiu, afirmando que "entregar" a ministra era um "absurdo" que a Ajufe cometia. "A atitude da Ajufe, em represália à ministra é inaceitável", diz o juiz Eduardo Cubas, de Goiás. E a lista de adesões é igual ao cordão dos puxa-sacos -cada vez aumenta mais. Parece um milagre de Natal, no melhor estilo de Charles Dickens, e é verdade. (Carlos Newton, por Rita Arcanjo).
E eu que sempre considerava o poder mais corrupto o legislativo, onde é fácil con$eguir maioria. Passei longe da verdade.
ResponderExcluirEntão não sobrou nenhum em quem se possa confiar. Estão os três no mesmo patamar, qual seja, mais sujos que pau de galinheiro.
Hora de mudar !!!
COM CERTEZA ESSES JUIZES NAO TEM O RABO PRESO.
ResponderExcluirPARABENS, QUEM NAO DEVE NAO TEME.
A LEI EM CIMA DAQUELES PICARETAS TRAVESTIDOS DE JUIZES.
A partir de agora, os órgãos de trânsito não precisam mais colocar placas avisando ao condutor onde existem instrumentos e barreiras eletrônicas aferidoras de velocidade. O Conselho Nacional de Trânsito (Uma espécie de STF paralelo) acabou com a exigência de sinalização que estava em vigor desde 2006.
ResponderExcluirAgora valem as normas da Resolução 396, publicada no último dia 13 de dezembro, já no espírito de natal, enfiada goela abaixo com o panetone de final de ano para mostrar que estão fazendo algo contra a matança das estradas.
Os “especialistas”, geralmente postados em gabinetes, enchem a boca quando falam em excesso de velocidade. Mas, até que ponto o excesso de velocidade pode ser a causa dos acidentes? Até onde a “preocupação” das autoridades seria imparcial?
Para isso precisamos analisar um estudo realizado pelos peritos criminais do Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal, publicado no dia 03 de setembro de 2007, no Correio Braziliense, jornal local, baseado em dados coletados de acidentes de trânsito com vítima, ocorridos nas vias urbanas e rurais do Distrito Federal, durante os anos 2002 a 2006. Apesar de não serem atuais, não acredito que os índices tenham se revertido ou que sejam diferentes das estatísticas dos outros Estados.
Este estudo não foi realizado por “especialistas” engravatados que obtém informação apenas pelos telejornais locais; os dados foram levantados “in loco” por físicos e engenheiros anônimos que compõem as equipes da Seção de Delitos de Trânsito daquele Instituto, que tiram plantão durante dia e noite, faça sol ou faça chuva, e comparecem, impreterivelmente, a todos os locais de acidente de trânsito em que haja vítima e não ficam dando entrevistas a telejornais, fazendo o jogo de quem se beneficia com as multas.
Eis o resultado das causas dos acidentes:
ResponderExcluirENTRADA NA PISTA: 21,93%
O motorista sai de uma via para entrar em outra, de maior velocidade;
MANOBRA DE CONVERSÃO: 19,30%
Acontece quando o motorista o sentido em uma via de mão dupla sem a devida atenção e quando as condições do tráfego são desfavoráveis;
REAÇÃO TARDIA: 14,10%
Como o próprio nome diz, o motorista reage tardiamente por diversos fatores;
AUSÊNCIA DE REAÇÃO: 12,24%
Por algum motivo o motorista demora a reagir e não chega nem a acionar os freios;
PERDA DE CONTROLE: 10,05%
O motorista perde o controle do carro e acaba provocando o acidente;
EXCESSO DE VELOCIDADE: 5,80%
A velocidade acima da velocidade de placa foi o fator determinante e, se o veículo estivesse trafegando na velocidade regulamentar, o acidente não teria acontecido;
DESVIO DE DIREÇÃO: 5,29%
O motorista, por qualquer motivo, sai da sua faixa de rolamento e provoca o acidente;
INVASÃO DE FAIXA: 4,93%
Ao tentar mudar de faixa o motorista provoca o acidente;
MANOBRAS PROIBIDAS: 4,06%
Quando o motorista tenta fazer uma manobra em um local proibido;
DIREÇÃO PERIGOSA: 0,5%
O motorista dirige perigosamente, colocando vidas em risco;
ENTRADA INESPERADA DE PEDESTRE: 0,47%
O pedestre aparece repentinamente;
MANOBRA DE ULTRAPASSAGEM: 0,44%
O motorista, ao fazer uma ultrapassagem, comete o acidente;
TRAFEGAR PELO ACOSTAMENTO: 0,44%
Por algum motivo o motorista, ao usar o acostamento como via, provoca o acidente;
FALHA MECÂNICA OU DE SINALIZAÇÃO DE PISTA: 0,24%
O próprio nome já diz;
MANOBRA DE RÉ: 0,21%
Mais comum com os veículos grandes.
Como vimos, o resultado não foi aquele que muitos “especialistas” esperavam para justificar a ganância dos nossos governantes, que sempre gritam aos quatro cantos que é o excesso de velocidade a principal causa de acidentes, mesmo sem terem números que possam embasar os seus palpites.
Se somarmos as cinco principais causas teremos 77,62% contra apenas 5,80%.
No entanto, o governo insiste em combater apenas esta última, pois dá lucro. Combater as outras cinco daria despesa, pois todas dependem de investimento na educação, para dizer o mínimo.
Abraços
Enfim, uma vela neste breu chamado Poder Judiciário…
ResponderExcluirDeveria haver uma lei em que chefes do executivo, ministros, secretários estaduais, municipais, parlamentares, juízes e promotores deveriam ter todas suas contas disponíveis para os órgãos de controle.
ResponderExcluirELIANA CALMON PRA PRESIDENTE EM 2014.
ResponderExcluirQue apareçam os magistrados honestos. Que estes estejam dispostos a agir. Que tenham a coragem de retirar as LARANJAS PODRES do cesto. Chega de acobertar bandido de toga.
ResponderExcluirÉ importante que aconteça alguma mudança e que seja para melhor. Essa vigarice toda não pode continuar. É dificil mas tem que haver um começo. Vamos aPOIAR a ministra nessa luta.
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