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25 de dezembro de 2011

CORRUPÇÃO SE COMBATE COM IMPRENSA LIVRE E EDUCAÇÃO

A praga da corrupção está disseminada no Estado brasileiro, com seus efeitos re-percutindo na qualidade dos serviços ofertados à população. Estudos recentes da Federação da Indústria de São Paulo, atestam que até 2,3% do PIB nacional são drenados por propinodutos, construídos no submundo do poder pela cumplicidade de espertalhões que, sem pudor, não distinguem o público do privado. É bem verdade que a corrupção não é exclusividade do Brasil, que ocupa a 75ª posição num ranking envolvendo 180 nações. Mas ela vem compondo, cada vez mais, a agenda de instituições defensoras da transparência e que repudiam o malfeito. Mesmo não sendo uma d elinquência de natureza tupiniquim, é possível verificar indícios que refletem um viés histórico na ação dessas quadrilhas de luxo? Os arquivos da nossa história demonstram que o Banco do Brasil, fundado sete meses após o desembarque de d. João VI, arruinou-se rapidamente pelo compadrio entre a realeza e uma casta de beneficiários. O historiador Oliveira Lima destrincha fatos escabrosos do período imperial e que bem revelam a prática da “caixinha” nas transações com dinheiro público. O pesquisador, ao rebuscar relatos do passado, concluiu que se cobrava uma espécie de “taxa de retorno” de 17% sobre todos os pagamentos ou saques do tesouro. E se o credor não fizesse tal desembolso, o processo submergia na cafua das repartições. “A corrupção medrava escandalosa, e tanto contribuía para aumentar as despesas como contribuía o contrabando para diminuir as rendas”, afirma Lima, em “D. João VI no Brasil”. No Rio de Janeiro, que virou sede d o reinado, a corte se dividia em seis imensas áreas administrativas. O jornalista Laurentino Gomes, em seu livro-reportagem “1808”, explica as razões pelas quais os gestores desses setores entrariam na história como ícones de negociata e enriquecimento ilícito. “De seus departamentos saíam a comida, o transporte, o conforto e todos os benefícios que sustentavam os milhares de dependentes da corte. Seus amigos tinham tudo. Seus inimigos, nada”, escreveu Gomes. Corrupção, enfim, se combate com educação, politização do cidadão e aumento do controle social, além de imprensa livre serviço de inteligência e aperfeiçoamento das instituições responsáveis pela fiscalização.

2 comentários:

  1. A corrupção no Brasil é o único fator imultável que existe neste país.
    A Corrupção já virou rotina e não há um só político que não seja corrupto... assim também como não existe nenhum que seja punido.
    Solivaldo Borges de Oliveira

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  2. Nelson Monteiro05 janeiro, 2012

    "A incompetência, o descaso e a falta de coordenação dos
    membros do Legislativo, do Judiciário e do Executivo estão
    contribuindo para a crescente violência no País."

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