Por 29 votos a 4, a Câmara Municipal de Campinas (cidade a 93 km de São Paulo) decidiu na noite desta quarta-feira (24) abrir uma Comissão Processante para investigar o novo prefeito da cidade Demétrio Vilagra (PT), que tomou posse na terça-feira (24). A comissão tem prazo de três meses para apresentar relatório que pode resultar na cassação do mandato do petista. Em outro requerimento votado na noite desta quarta-feira, a Câmara também decidiu por 29 votos a 4, afastar Vilagra temporariamente de seu cargo até a conclusão do processo de impeachment, que pode levar até três meses. Com isso, Campinas passa a ser governada pelo presidente da Câmara, Pedro Serafim (PDT), até a conclusão das investigações. No entanto, o mandato de Serafim deve começar na sexta-feira (26), quando deve ser publicada a decisão no “Diário Oficial” de Campinas. Vilagra tomou posse na manhã de terça-feira (23) no lugar de Hélio de Oliveira Santos, o Dr. Hélio (PDT), que teve o mandato cassado pelos vereadores no sábado passado (20). Dr. Hélio teve o alto escalão de seu governo envolvido em denúncias de envolvimento em um esquema milionário de corrupção, incluindo a primeira-dama e ex-chefe de gabinete do prefeito, Rosely Nassim Jorge Santos. Vilagra também é citado nas investigações. Vilagra foi denunciado em junho pelo Ministério Público por formação de quadrilha e corrupção no mesmo processo que resultou na cassação de Dr. Hélio. O requerimento de pedido de abertura de processo contra Vilagra foi feito pelo vereador Valdir Terrazan (PSDB), logo após a posse do petista como novo prefeito. No pedido, o tucano alegou que Vilagra “agiu de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo”. VOTAÇÃO - Votaram contra a abertura da Comissão Processante para investigar Vilagra os três vereadores da bancada petista Josias Lech, Jairson Canário e Ângelo Barreto, além do único vereador do PCdoB, Sérgio Benassi. Antes da votação, o líder do governo na Câmara, vereador Josias Lech (PT), pediu duas vezes a interrupção da votação, mas a Presidência da Câmara indeferiu os dois pedidos. Em seguida, outro vereador petista, Jairson Canário, pediu que os petistas fossem às ruas para protestar contra o possível afastamento de Vilagra. Em maio, Vilagra chegou a ser preso e foi solto após prestar depoimento no MP. Em junho, a Justiça decretou a prisão do petista novamente. Na ocasião, ele ficou cinco dias foragido até conseguir reverter a ordem no Tribunal de Justiça de São Paulo. Após tomar posse no lugar de Dr . Hélio, Vilagra discursou que defenderia “as investigações do Ministério Público”. “Gostaria de deixar claro a todos neste primeiro pronunciamento minha posição em relação a todas as investigações do Ministério Público. Como cidadão, como político e como petista, apoio totalmente as investigações, não só em Campinas como nas demais cidades em que estão sendo realizadas [investigações]”, discursou Vilagra na posse. A Comissão Processante será composta por três vereadores que já haviam votado pela cassação de Dr. Hélio: Rafa Zimbaldi (PP) (presidente), Sebá Torres (PSB) (integrante) e Zé do Gelo (PV) (relator).
Esta situação retrata bem como a corrupção está incrustada nas estranhas dos poderes públicos. Gutemberg Matos
ResponderExcluirPau que bate em Chico tem que bater em Francisco.
ResponderExcluirNunes
Val Cabral, o prefeito já estava "morto" há meses, faltava apenas enterrar, de tão obvia que era sua cassação e a traquilidade com que ocorreu, não vejo motivo para festejar... alias isso é prova da imaturidade do povo de campinas! que somente escolhe mal seus eleitos!
ResponderExcluirA cidade mergulhou na falta de opções com o assassinato do Toninho, em 2001, uma estranha história nunca esclarecida (as lambanças da polícia local arrumando falsos culpados e fazendo uma misteriosa incursão noturna a Caraguatatuba para elimininar os que pareceriam ser os verdadeiros assassino nunca foram explicadas). Hildete Saless
ResponderExcluirCollor foi expulso por causa de um diabo de um Fiat, que ninguém provou nada.] Foi por isso que Lula beijou a mão dele pedindo desculpas por cauda de alguns aloprados petista que apoiaram esse ato infame. O seu Lidenberg deveria fazer uma campanha para repor Collor na presidente para recompensar um pouco pela desgraça que ajudou fazer. Ter ido pedir desculpas e chorado aos pés desse em gabinete fechado, como dizem, não vale, tem que ser em plenário e a passando na globo ao vivo.
ResponderExcluirSai ladrão e entra ladrão... em Campinas, Itabuna... em todas as cidades do Brasil.
ResponderExcluirCulpa de quem vota em corruptos: a maioria do povo.
Joselito Brito
Meu Deus!
ResponderExcluirOs bandos que disputam o poder no Brasil nem roubar o fazem com classe.
Humberto Campos Dias
Um detalhe importante:
ResponderExcluirDemétrio Vilagra, é do PT.
Não precisa dizer mais nada!
Daniel Lopes
Os roubos dos homens de gravata, de Brasília, acabam matando proporcionalmente mais do que dos ladrões de carterias e celulares dos grande centros urbanos, pois, a cada quantia subtraída (milhõesa de reais de cada vez), é dineiro que deixa de salvar vidas na saúde, em saneamento básico, etc. Transforme esses milhões em seringas, esparadrapo, medicamentos em geral, médicos, enfermeiros e aparelhos para exames, e veja como, além de tudo, só homicidas.
ResponderExcluirLui Cláudio Barreto