Nos últimos anos, as discussões sobre as condições de nosso ambiente tem sido cada vez mais objeto de pesquisas e discussões. Os problemas da fonte de energia, das condições do tratamento do lixo, das fontes de água potável, entre outros assuntos são cada vez mais parte de nosso cotidiano. Vemos essa discussão em revistas, rádios, jornais, na televisão, na política, ou seja, nos grandes âmbitos da sociedade. Entretanto, é tempo de lembrar que a sociedade não se faz simplesmente por meio dos grandes círculos de discussão e pensamento, mas principalmente nas pequenas e constantes relações que cada indivíduo mantém com seu ambiente. O que temos feito para cuidar do meio no qual vivemos? A resposta a essa pergunta é muito relativa e vaga. Mas em geral creio que sempre há o pensamento: "que mundo vou deixar para meus filhos e netos?". Por mais que essa motivação seja válida existe uma causa real urgente a ser respondida: "que tipo de mundo estou proporcionando a mim e a meus semelhantes?". Pensar nas conseqüências dos maus tratos à natureza como sendo um problema a longo prazo é uma triste ilusão. As conseqüências de nossa alienação ecológica são iminentes. A industrialização, a tecnologia e o consumismo geraram problemas até certo ponto irreversíveis. Deveríamos abandonar todo esse desenvolvimento e voltar a viver de maneira rústica? Certamente não. Essa é outra triste ilusão. Sejamos realistas. O mundo que se nos apresenta está em más condições, mas não está acabado. A necessidade que temos de viver nesse mundo nos leva a pensar em alternativas viáveis para que o mesmo se torne cada dia um local melhor para nosso desenvolvimento. Devemos sentar e aguardar que nossos congressistas aprovem boas leis para a preservação do meio em que vivemos? Não, pois não há por força legal, idealista ou religiosa, alguém que seja mais responsável pelos problemas e pelas melhorias do meio ambiente do que nós mesmos: cada indivíduo em seu cotidiano. O grande problema é que é difícil pensar a ecologia no nosso cotidiano. Isso se dá por um dos grandes "milagres" de nossos dias. Colocamos os sacos de lixo em frente de nossas casas, prédios, empresas, ou condomínios, logo esse lixo "milagrosamente" desaparece, não está mais sob nossa responsabilidade. Isto é, não existe a consciência de que o lixo será sempre nosso, por mais longe que ele esteja de nós. Somos responsável pelo impacto que o mesmo causará à natureza. Essa falta de consciência é fruto de outros problemas da nossa sociedade, que é uma complexa cadeia de causas, conseqüências e responsabilidades. Como resolver todo esse problema? É importante entendermos que não vamos resolver tudo isso. Entretanto, sabemos que o nosso campo de ação, nosso lixo excessivo, nosso consumo de energia elétrica, gás, petróleo, entre outros, podem ser controlados por pequenas ações no nosso cotidiano. E é nesse âmbito que os problemas podem ser resolvidos. O mundo é um ambiente grande compartilhado por pessoas diferentes. Todos nós, seres humanos, merecemos boas condições de vida. Para que isso aconteça não precisamos de ações de âmbitos mundiais, mas de conscientização e senso de coletividade. Não melhoraremos as condições do mundo sem antes cuidar das sujeiras de nossos hábitos. Pensemos em nós mesmos, nos outros e na natureza. Oremos para que a responsabilidade de cada dia seja cumprida hoje. E façamos aquilo que estiver ao nosso alcance. Só não podemos esquecer que "meio ambiente" se escreve corretamente com pequenos atos, na realidade do cotidiano.
O problema maior é que ninguém está disposto a fazer sua parte no combate as causas que provocam a degeneração do meio ambiente.
ResponderExcluirQuando houve mais consciencia, as pessoas vão compreender a necessidade de todos se juntarem na tarefa de se preservar a natureza.
Por enquanto a gente simplesmente vai deixando as coisas seguirem seu rumo "natural" de omissão, descaso, despreocupação, irresponsabilidade...
Aplaudindo de pé!
ResponderExcluirA melhor leitura da semana.
Pura verdade.
Ronaldo Bastos