O DEM TEM CARTA NA MANGA PARA 2012

Para se ter sucesso em uma eleição é preciso antecipar a campanha o quanto antes. Mas, existem os que vivem em campanha permanente. Para os que possuem cargos eletivos, o trabalho fica mais fácil. No entendimento dos políticos, acaba uma campanha começa logo outra na noite das eleições porque a próxima eleição esta próxima. As declarações públicas de secretários, de vereadores e do próprio prefeito e vice, tudo isso é campanha eleitoral permanente. É preciso cativar sempre o eleitor e não dar o mínimo espaço para os adversários. Enquanto que os partidos de oposição não têm direito a nada, a não ser na campanha eleitoral. Por isso, muitos governantes se atrapalham e confundem o momento da política (campanha eleitoral) e o momento da administração (exercício do poder). A política não consegue dar seu espaço à administração e à produção legislativa para retornar apenas anos mais tarde, por ocasião da próxima eleição. Quem tem o poder nas mãos, além de passar o seu recado ao eleitor com inaugurações de obras e lançamentos de programas os mais diversos, desde pontes aos de saúde pública, também trabalha para limpar o seu caminho. Quem bota a cabeça de fora tende a ficar na ameaça da guilhotina ou do isolamento político. Aliado bom é aliado domesticado e sem muitas pretensões majoritárias. Na oposição, o espaço é raríssimo e, muitas vezes, quando aparece é no meio de um bombardeio político. Em Itabuna o DEM e seus aliados trabalham para limpar o caminho para Capitão Azevedo ser reeleito em 2012. Para isso, precisam tirar as pedras do trecho, mesmo que tenha que cortar na própria carne. O melhor seria chegar ao próximo pleito sem que nenhum candidato adversário se viabilize, ou tome fôlego de superar o atual prefeito nas pesquisas de opinião pública. Se às vésperas da eleição Capitão Azevedo não tiver bem avaliado, o DEM não vai corar de vergonha e nem pensar duas vezes em substituí-lo por outro candidato. E nesta remota possibilidade, cabe a “carta na manga” em nome do Coronel Santana, ou o próprio Fernando Gomes. O DEM trabalha para tirar todos do caminho. E não vai ceder um milímetro nesse projeto, mesmo que isso cause a saída de companheiros do próprio partido para outras legendas. Ficam-se os anéis, vão-se os dedos. Nesse governo nenhum nome tende a crescer para o próximo ano. Embora exista a alternativa do secretário de Educação, professor Gustavo Lisboa. Mas, quase nada mudará na perspectiva do atual prefeito, vir a ser o candidato do DEM à sua própria reeleição. O cabresto é curto e apertado. E a oposição está em frangalhos!