Os servidores do Judiciário baiano esperam que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender a norma que determinava o funcionamento obrigatório do Judiciário das 9h às 18h seja favorável à categoria. “Lutamos para manter a nossa carga horária de seis horas e esperamos que esta seja a decisão definitiva”, disse Jorge Cardoso, diretor financeiro do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário da Bahia (Simpojud). O regulamento foi suspenso por decisão liminar do ministro Luiz Fux, do STF. A norma foi editada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na época causou insatisfação entre servidores e juízes, que reclamaram do aumento da carga horária nas unidades do Judiciário em que há poucos funcionários. A regra foi editada pelo CNJ porque em muitos lugares o atendimento ao público é feito apenas no período da manhã ou da tarde, o que os conselheiros consideraram como um obstáculo ao pleno acesso à Justiça. De acordo com Cardoso, o horário (das 8h ás 14h) de funcionamento dos 1.549 cartórios extrajudiciais da Bahia, responsáveis pelo atendimento à população, não será alterado visto que as unidades contam com poucos profissionais e não chegaram a atender a norma que estabelecia o funcionamento das 9h ás 18h. “Não há como funcionar das 9h às 18h porque não há funcionários suficientes para realizar dois turnos, nós trabalhamos seis horas ininterruptas”, destacou. O sucateamento dos cartórios e a precariedade do serviço resultam em filas intermináveis e longas esperas por parte da população, que é a maior prejudicada na maioria dos cartórios baianos. O ministro concedeu a liminar para que o horário não seja alterado até o plenário do STF analisar o caso definitivamente. O ministro Fux destacou que a jornada de trabalho e o horário de atendimento ao público não podem ser confundidos. “Tal como ocorre com os empregados de bancos, por exemplo, juízes e servidores do Poder Judiciário também trabalhar quando o atendimento não é aberto ao público”, disse. VOTAÇÃO - A votação do projeto de privatização dos cartórios da Bahia deve acontecer na próxima terça-feira. Entre as propostas que devem ser estudadas, está a de criação de um cronograma de privatização pelo qual, a depender do tempo de serviço, os tabeliões teriam um prazo para se afastar de suas funções. Os deputados defendem a privatização imediata de todos os 1.549 cartórios extrajudiciais, enquanto o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-Ba) quer que o processo aconteça de forma lenta, começando pelos 614 cartórios que não têm tabelião e são chefiados por substitutos. Os outros 935 cartórios seriam privatizados gradativamente, à medida que a titularidade for ficando vaga. A Bahia é o único estado cujos cartórios ainda não foram privatizados e são geridos, em sua totalidade, pelo TJ. Falta de mão de obra, péssimas condições de trabalho e falta de mobiliário adequado são algumas das queixas dos servidores do Judiciário baiano que toda última quarta-feira do mês fazem paralisação de 24 horas como forma de protesto. (Roberta Cerqueira).
Tudo isso é culpa do Lula, da Dilma, do PT e dos eleitores dessa corja de imprestáveis. Márcia Rebouças
ResponderExcluirPrezado amigo Val Cabral
ResponderExcluirO Brasil ainda esta muito atrás das nações democráticas do planeta na questão de Justiça. Aqui pode tudo e a lei é cheia de brechas. Sou contra indultos e diminuir a pena de um criminoso por bom comportamento. Sou contra a pena de morte, mas a favor da prisão perpétua. Infelizmente nada muda enquanto os políticos que ai estão continuarem a ser eleitos, e também nada muda enquanto os empresários e outros poderosos continuarem mandando. Para o Brasil mudar, só uma revolução promovida pela população e do jeito que somos acomodados, não haverá tão cedo.
Paulo do Pontalzinho
paupont@bol.com.br
Pior que a luz do fim do túnel ainda está longe...
ResponderExcluirNunes