ITABUNA PRECISA DE EDIFÍCIO GARAGEM

Itabuna é estressante para motoristas que precisam estacionar seus veículos no centro da cidade. A cada dia o número crescente de veículos circulantes, cobra, dentre outros equipamentos, mais vagas para estacionamento. Especula-se o retorno da “zona azul”, mas a bem da verdade, esta não é a melhor das soluções, pois sacramenta um problema grave: a imobilização de áreas importantes para o fluir do trânsito. A rua precisa ser devolvida a sua função básica: corredor de tráfego. Seja para automóvel, bicicleta ou pedestre, a rua tem como prioridade o escoamento do trânsito. Rua é movimento e não estacionamento. Sinal verde para a zona azul só deveria ser aceso em logradouros que não fossem pistas de rolamento, tais como terrenos de propriedade do poder público. Igualmente se faz necessário afastar a temeridade de converter praças em garagens, ou feiras livres. A melhor idéia é normatizar a instalação e funcionamento dos estacionamentos privados, através de edifícios garagens. Quem possui automóvel sabe que essa propriedade acarreta despesas inarredáveis, como combustível, emplacamento, limpeza, seguros... e estacionamento. Esta é uma questão privada. Reserve-se a rua para o trânsito. E que nelas, além dos veículos automotores, ciclistas e pedestres tenham seu ir e vir garantido com segurança. Itabuna já deveria possuir edifícios garagem e até já iniciei conversações sobre este assunto. Recentemente motivei uma reunião do empresário Eduardo Moura com o prefeito José Nilson Azevedo Leal, com o propósito do município doar, em regime de comodato, a área do antigo SEPS (ao lado da FTC), para a construção de um edifício de 20 andares, onde o térreo fosse utilizado para o funcionamento de um “camelômetro” (todos camelos seriam abrigados ali), com o primeiro andar destinado para os serviços e órgãos existentes atualmente no local e sobre estes pavimentos, mais 18 andares exclusivamente para exploração dos serviços de vagas para estacionamentos. Esta proposta está em avanço de negociações e resultará em enorme contribuição para desafogar o trânsito, solucionar os conflitos da municipalidade com os comerciantes informais e propiciar melhores condições de estrutura para as entidades que funciona atualmente no referido local. É preciso dar um basta no apossamento individualista de vias construídas para o tráfego, desviadas de sua função precípua e pública para usufruto de uns em detrimento da ampla maioria da população, pois com parte das ruas entupidas por estacionamentos, os problemas de trânsito findam por ir além dos motoristas e castigam a todos.