A BAHIA NÃO MERECE A VIOLÊNCIA QUE TEM

A maior parte do sangue derramado no mundo é devido à violência. Existem vários tipos de violência e, entre eles, a física que, como sabemos, pode ser exercida de várias maneiras. No Brasil, inicialmente povoado por deserdados e colonizado por uma elite de comportamento medieval e conduta tirânica, ela começou cedo, agravou-se com os ciclos econômicos e continua em disparada. A primeira referência à violência física na Bahia encontra-se em período paralelo a realização da primeira missa, em Porto Seguro. É digna de nota a violência em terras Baianas. Mas o que mais há de se lamentar atualmente, é o lamentável desaparecimento da natureza pródiga de outrora, o desemprego e a fome, que fazem com que os baianos não mais continuem tão saudáveis. Os crimes são cometidos pelos mais diversos tipos de armas. Há muito que a violência extrapolou os limites das antigas capitanias hereditárias, sem controle, por todo o Estado. A Bahia vive a sua maior crise na área de segurança pública. As tentativas de crime de mando sempre logram êxito em terras baianas. Entretanto, não há de se desesperar. Quando acabarmos com a submissão à inabilidade governamental e ampliarmos as oportunidades de geração de emprego e renda, através da diversificação da atividade agrícola e industrial, e com o fim dos latifúndios, transformando-os em pequenas propriedades, a terra será um patrimônio de todos e não um privilégio de poucos e os cidadãos poderão suprir suas necessidades básicas. Enfim, quando resgatarmos a cidadania do sofrido povo baiano é que poderemos viver num Estado pacifista e humanista e que não possua índices sociais tão caóticos, quanto os que ainda nos assustam atualmente.