A violência vem desde os primórdios. Época em que o homem era o lobo do próprio homem. Sempre existiu o direito da força. A história da humanidade relata com muita precisão os meios agressivos empregados pelo ser humano na sobrevivência. Na criação do mundo fora registrado o primeiro homicídio, onde Caim matou o próprio irmão conhecido por Abel. Diante desses fatos concluímos que a violência é primária e cultural, restando ao Estado impedir que a mesma cresça, a fim de evitar que esse mal supere de uma maneira crescente as forças legais, ao ponto de tornar-se uma situação incontrolável, com o surgimento até de grupos de milícias, o que é natural quando a bandidagem aumenta. A situação está tão temerosa e preocupante que os bandidos estão invadindo os lares, locais de trabalho e lazer, além de templos religiosos para prática de crimes e até hediondos. O governador do nosso Estado não foi feliz ao falar para os quatro cantos da Bahia que “a violência havia atingido um patamar de significativa redução”. Com tal assertiva deixou muito a desejar, visto que a segurança pública, no nosso entender, fora tratada como mais um instrumento de propaganda enganosa numa batalha midiática ainda não conclusa. Como solução emergencial sugerimos duas providências a serem adotadas pelo governador da Bahia. Primeiramente, sem medo de errarmos, melhorar os salários dos nossos militares e policiais civis, considerando que um soldado percebe líquido menos de R$ 1.000,00 (hum mil reais) por mês. Será essa quantia suficiente para o policial assistir dignamente a família? Coronel PM com 35 anos de serviço tem salário mensal bruto R$ 11.000,00 que deduzidos os descontos, restam apenas R$ 7.000,00. E a responsabilidade de um Coronel, bem assim seus compromissos familiares com esse valor irrisório, como ficam? Os policiais civis estão com a mesma defasagem em seus vencimentos. A Policia Militar de Sergipe paga mensal ao Soldado R$ 3.500,00 e ao Coronel R$ 20.000,00. Por acaso a Bahia é mais pobre que Sergipe? Que digam os economistas. A PEC 300 foi mais um engodo do que uma realidade. Serviu unicamente de escada para políticos galgarem vitórias e ainda zombarem da boa fé dos nossos abnegados militares e policiais civis. A PEC 300 jaz para sempre nos porões do Congresso Nacional. Só deve ressurgir nas próximas eleições. Finalmente, aumentar os efetivos das polícias Militar e Civil, visto que o número de militares presentemente corresponde ao existente há 6 (seis) anos, quando a Bahia tinha uma população menor e a criminalidade estava bem aquém da atual. Itabuna tem hoje metade dos policiais e um terço das viaturas que possuía no começo do governo de Jaques Wagner. Os delitos de um modo geral em nosso Estado têm aumentado nos últimos seis anos. É oportuno afirmar que na Polícia Militar ou Polícia Civil há profissionais qualificados, cujo profissionalismo é paradigma para quaisquer instituições policiais da nossa Pátria, ou até mesmo além fronteiras Brasil. Os romanos afirmavam se alguém quer a paz, que se prepare para guerra. Parodiando os mesmos, afirmamos se queres segurança pública, que invista no setor competente e remunere bem os seus integrantes.
Val Cabral
ResponderExcluirA Bahia piorou bastante com Wagner como seu governador. E um dos setores mais desagregado e validos deste desgoverno do PT na Bahia, é justamente o da segurança pública. Lamentavelmente. Gutemberg Matos