ITABUNA SOB SURTO DE CONJUNTIVITE

A Câmara Municipal de Itabuna deve pedir informações sobre as providencias que estão sendo adotadas pela Secretaria Municipal de Saúde para conter uma epidemia de conjuntivite viral, que vem se alastrando nos últimos três meses na cidade. A epidemia de conjuntivite viral está causando um problema grave de saúde em Itabuna, uma vez que a população não pode contar com os postos de saúde do município, que estão quase sempre fechados e com isso as pessoas se amontoam no Hospital de Base Luiz Eduardo Magalhães-HBLEM. Quase todos os postos de Itabuna estão praticamente fechados para consultas oftalmológicas, odontológicas e raramente atendem demandas para clínico geral. Postos Médicos sem medicos não adianta e sem medicamentos, muito pior. O problema atinge principalmente a população mais carente Quem tem plano de saúde para pagar uma consulta em clinica particular, muito bem e quem não pode? É esta a indagação que mais se ouve nas imensas filas de pessoas que buscam atendimentos médicos nos postos e no HBLEM. Os médicos são contratados para trabalhar 40 horas, mas na prática só “trabalham” por quantidade de atendimento. Além de existir a falta de médicos nos postos de saúde, existem também profissionais que tratam mal os pacientes e aqueles que não atendem, quando passa do numero estipulado de atendimento diário. É preciso que o (ainda) secretário Geraldo Magela fale a verdade sobre a farsa que é o PSF de Itabuna, que faz que funciona e não funciona. Os médicos atendem no dia e nos horários que eles querem. SAIBA MAIS SOBRE A CONJUNTIVITE - Existem três tipos de conjuntivite: alérgica, provocada geralmente por uso de filtro solar na região dos olhos; bacteriana, que provoca vermelhidão e coceira, além de uma secreção amarelada e grudenta; e a viral, a mais comum e contagiosa, que provoca coceira, vermelhidão e uma secreção aquosa. No caso da epidemia de Itabuna, os casos foram associados à forma viral da doença. Depois de instalado em um olho, o vírus demora cerca de 48 horas para passar para o outro. Depois, o doente transmite o vírus por cerca de dez dias. Nos casos mais graves, a evolução é lenta e pode demorar até três semanas para curar. Nos casos leves, o problema pode regredir sozinho em dez dias. O vírus sobrevive por várias horas na superfície. Por isso, espaços públicos, como ônibus e clubes são potenciais locais de transmissão. Imagine a pessoa que segura no corrimão da escada e leva a mão ao olho. Se o corrimão estiver contaminado, certamente ela vai se infectar. As pessoas não devem usar água boricada nem soro fisiológico para fazer a compressa. Eles aumentam o risco de irritação e de contaminação, porque são embalagens grandes que não são descartadas na hora. Ao contrário do que ocorre com outras doenças, como sarampo e catapora, a conjuntivite não garante imunidade para o paciente. Como o vírus sofre mutações frequentes, a pessoa pode estar contaminada, curar-se e voltar a se infectar. A epidemia acontece porque faltam políticas de saúde pública específicas para o problema. Não há em Itabuna uma campanha de esclarecimento, especialmente nessa época do ano, para mostrar às pessoas que a conjuntivite é um problema sério e pode causar mais prejuízos, como diminuição da visão.