Com ou sem mais polícias nas ruas, desgraçadamente, prossegue sem obstáculos a onda de assassinatos contra jovens em Itabuna. É quase uma morte em cada dois dias. E segundo declarações oficiais da Polícia Militar “a grade maioria das mortes decorre do tráfico de drogas na cidade”. Espantosa essa insegurança pública. Alguns mortos nunca usuram drogas e nem possuem nenhum histórico com a criminalidade. Foram vítimas confundidas com os verdadeiros alvos, ou de assassinos que quiseram atingir seus alvos, através de parentes inocentes destes. Os esforços dos nossos poucos policiais militares e as ações relacionadas a segurança pública não parecem afetar a insegurança dos jovens itabunenses, assim como o labor investigativo da polícia civil não consegue apresentar resultados positivos na elucidação dessa série de homicídios. A maioria dos crimes está insolúvel. E o problema, escandaloso, tende a aumentar. Não é fácil resolver crimes como esses, perpetrados contra pessoas envolvidas com o tráfico de drogas. Seus executores chegam sorrateiros, encapuzados e ninguém quer testemunhar e se expor à vingança dos criminosos. Esta realidade dramática atinge todos os municípios baianos. Mas o mais lamentável na luta de combate a essa situação é a tentativa do governador Jaques Wagner de minimizar a tragédia, esgrimindo conceitos burocráticos e fazendo firulas estatísticas. A Bahia não pode fechar os olhos frente a este horror.
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