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26 de março de 2011

PF PRENDE OITO POLICIAIS RODOVIÁRIOS FEDERAIS EM OPERAÇÃO CONTRA CORRUPÇÃO

A Polícia Federal prendeu hoje (25) oito agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Eles atuavam na fiscalização da BR-101 Sul, no trecho entre o Rio de Janeiro e Santos (SP), e são acusados de integrar um esquema de corrupção e cobrança de propina de empresários de Itaguaí, Mangaratiba, Angra dos Reis e Paraty. Denominada Pisca-Alerta S.A., a operação mobilizou 120 policiais federais, para cumprir dez mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão expedidos pela Vara Federal em A ngra dos Reis, no sul do estado. Um suspeito não foi encontrado e o outro mandado de prisão foi descartado porque o acusado morreu há alguns meses. O delegado federal Fábio Galvão, responsável pela operação, disse que as investigações começaram há pouco mais de um ano, a partir da denúncia de um caminhoneiro que contou ser extorquido por agentes da PRF toda vez que passava pela Rio-Santos no trecho de Angra dos Reis. “Constatamos que o esquema estava bem desenvolvido contra os usuários das vias, sobretudo empresários que atuavam na região. Caso eles se recusassem a fazer parte do esquema, sofriam retaliação, como a apreensão do veículo e multas diversas, tornando inviável a execução da atividade fim deles”, disse. Segundo o delegado, a prática sistemática de crime envolvia, além da extorsão, a escolta de veículos com carga excedente mediante o pagamento de propina por parte de empresários. Eles serão chamados a depor e podem ser enquadrados no crime de corrupção, informou Galvão. O superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Rio de Janeiro, Antônio Vital de Moraes Júnior, reconheceu que o sentimento “é de traição” ao ver integrantes da corporação envolvidos num esquema de corrupção. “É um trabalho doloroso, mas estamos prontos a receber denúncias, que podem ser feitas pelo telefone 191”, disse. “Mas isso serve para deixar uma mensagem aos empresários que se submetem à corrupção: que eles denunciem, procurem a instituição, que hoje pode dar uma resposta à altura. O empresário não tem vantagem em compactuar com a corrupção. Eles viram reféns de uma suposta vantagem que eles almejam, estabelecendo, assim, uma relação promíscua que deve ser combatida em nível institucional”, completou. Moraes Júnior assumiu o cargo em setembro de 2010, após o afastamento de toda a cúpula da Polícia Rodoviária Federal no Rio de Janeiro por suspeita de corrupção. Agentes foram a cusados de envolvimento em esquema de liberação de veículos apreendidos em situação irregular na Via Dutra.

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