A Polícia Federal do Rio Grande do Norte prendeu em Natal, nesta sexta-feira (25), três homens suspeitos de apresentar documentação falsa para sacar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Os três --de 28, 36 e 44 anos-- trabalham como garis e moram na zona norte da cidade. A prisão aconteceu após a PF ter sido alertada pelo setor de segurança da CEF (Caixa Econômica Federal) de que estava em trâmite, em uma agência localizada no Shopping Midway, uma solicitação de saque do FGTS, e que interessado teria utilizado um exame de sangue e um atestado médico falsos para receber um benefício de cerca de R$ 7.000. Policiais do Núcleo de Operações e da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários foram até a agência e ficaram à espera do suspeito, que compareceu ao banco por volta das 14h30 e acabou abordado com os documentos falsos. De imediato o homem confessou o crime e apontou um comparsa que, segundo ele, havia lhe dado a papelada e que o aguardava em um veículo no estacionamento. Ambos receberam voz de prisão e foram levados à sede da Superintendência da PF, em Natal. Durante o interrogatório, eles afirmaram que são servidores públicos e que, num certo dia, souberam que uma das formas de sacarem o FGTS, enquanto estavam trabalhando, seria provando que eram portadores do vírus HIV. Dias depois, teriam sido procurados por um terceiro colega de trabalho que lhes garantiu que conseguiria exames provando que os dois eram portadores de HIV. Em troca dos papéis, esse colega teria cobrado 22% do benefício. Eles, então, disseram ter aceito a condição e fechado o acordo. Segundo a PF, o suspeito preso no interior da agência recebia o benefício pela primeira vez e o comparsa, encontrado no estacionamento, era uma espécie de intermediário que entregava a documentação falsa e levava os servidores até a CEF. ARTE-FINALISTA - Ainda enquanto prestavam depoimento, o celular de um deles tocou. Ao identificar que a pessoa que telefonava era apontada como o mentor do crime, os policiais autorizaram o suspeito a atender. Do outro lado da linha, o interlocutor perguntava pelo desfecho da ação e cobrava a comissão acertada, que deveria ser entregue a ele na área de lazer do Conjunto Panatis, na zona norte de Natal. Os policias armaram uma emboscada e capturaram o suspeito apontado como mentor. Segundo a PF, ele confessou o crime. Na casa dele foram encontrados documentos e uma série de eletromésticos novos que, segundo o próprio detido, foram comprados com dinheiro de saques fraudulentos de FGTS. O mentor, que havia trabalhado anteriormente como arte-finalista, disse à PF que, quando descobriu que uma das maneiras de sacar o dinheiro do fundo era comprovando ser portador de HIV ou câncer, resolver elaborar atestados médicos e exames laboratoriais com a ajuda de um programa especializado de computador. Ele disse que quando comentou sobre a possibilidade da fraude no ambiente de trabalho, vários colegas o procuraram para sacar o benefício. De acordo com a PF, os três foram indiciados por estelionato e uso de documentos falsos e foram conduzidos ao Centro de Detenção Provisória de Pirangi.
Neste país tem artitas pra tudo... talvez por isso é que nossos filmes não prestam... ninguém quer ser bandido, embora a maioria não seja artista.
ResponderExcluirAntonio Andrade