A POLÍTICA NÃO É “BICHO DE SETE CABEÇAS”!

A ciência política ao longo da história sempre debateu as questões relevantes que decidem o destino dos cidadãos. Projeta um rol de ideais, a consciência do valor da democracia e os apelos que marcam os sentimentos da coletividade. Os antigos elegeram a política como tudo a que se referia à cidade. A Política representou o primeiro tratado cultural da humanidade. O conceito de política sempre esteve ligado ao do poder, como o conjunto de meios que permitem alcançar os objetivos desejados. O poder político pertence à categoria do poder do homem sobre outros homens e não o poder do homem sobre a natureza. Essa relação se manifesta através dos tempos, sob diversas formas. Entre governantes e governados, entre soberano e súditos, entre o Estado e cidadãos, entre a autoridade e o princípio da obediência. O pensamento tradicional sempre atribuiu à política a finalidade de buscar o bem comum e a ordem social. Neste contexto outros valores se erguem, como o princípio da liberdade e da igualdade, inerentes ao Estado democrático do Direito. Além da própria felicidade, um culto de essencial dever. O campo da política se revela polêmico e de fervorosas disputas. A importância do papel do Estado, os valores da cidadania e as conquistas sociais se desenvolvem em seus cenários e resultam do empenho de seus principais protagonistas. A arte de conduzir assuntos políticos recomenda que o consenso não deve sacrificar o precioso tempo nem comprometer princípios éticos. Os programas positivamente desenvolvidos e uma conduta de convicção protegem a estrutura do poder político. Os governantes que se rendem aos interesses isolados do poder Legislativo fragilizam sua imagem e decepcionam a população. A independência e firmeza de propósitos devem nortear a relação entre os poderes constituídos, para honrar as expectativas da coletividade.