A crise na segurança pública na Bahia, ao que parece, chegou às esferas institucionais. Isso porque, nesta segunda-feira (21), a Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia (AOPMBA) divulgou a “Carta ao povo baiano”, na qual cobra do governo do estado a promoção de seus oficiais (agradecem a ascensão de alguns, mas reivindicam outras com vagas em aberto), e denunciam as condições precárias em que trabalham. “[A corporação] conclama ao nosso Governador que esteja atento às questões que inquietam os nossos quartéis (e há muitas), pois uma tropa desrespeitada, maltratada e mal gerida nunca terá condições de prestar um serviço de excelência”, reclama. Em outro documento, intitulado “Segurança Pública, por que parou?”, a AOPMBA denuncia o que chama de “morticínio” no estado e aponta os principais pontos que tornaram a segurança pública o calcanhar de Aquiles do governo Jaques Wagner. “Nos últimos quatro anos ocorreram mais de 6 mil homicídios, os quais se creditam grande parte, ao tráfico de drogas. Adiciona-se a esse fato funesto a mortandade causada pela polícia ostensiva, mais de 700 resistências com morte nos últimos dois anos”, afirma o artigo. A associação aponta ainda que necropsias não vêm sendo realizadas por falta de efetivo e diz que a taxa de elucidação de crimes na Bahia é a mais baixa do país. “Noutros termos, pode-se afirmar que a polícia parou”, diz o comunicado. (João Gabriel Galdea).
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